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Moedas emergentes se recuperam após ações de BCs

Os estímulos injetaram dinheiro barato na economia e levaram os investidores a buscarem retornos maiores nos ativos de países emergentes

Notas de real: real foi moeda emergente que mais avançou frente ao dólar, impulsionado pela intervenção do Banco Central (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 16h30.

Nova York - As moedas dos países emergentes foram impulsionadas nesta sexta-feira, 23, por uma série de intervenções de bancos centrais ao redor do mundo e após dados decepcionantes do mercado imobiliário dos EUA aumentarem a incerteza dos investidores sobre uma redução de estímulos do Federal Reserve já em setembro.

Os estímulos injetaram dinheiro barato na economia e levaram os investidores a buscarem retornos maiores nos ativos de países emergentes.

O real foi a moeda emergente que mais avançou frente ao dólar, impulsionado pela intervenção do Banco Central. A instituição anunciou que injetará no mercado mais US$ 60 bilhões em leilões de swap e de linha até o fim do ano e causou o efeito desejado no dólar. Assim, o dólar à vista no balcão caiu abaixo de R$ 2,36, registrando recuo de mais de 3%. No acumulado do ano, o real registra desvalorização de 15% ante o dólar.

"Esse plano melhor que o esperado de vender dólares por meio de um sistema automático ajuda a restaurar a confiança do mercado porque é consistente e previsível", disse Maya Hernandez, estrategista do HSBC em Nova York.

Os leilões diários planejados marcam uma mudança em relação às intenções anteriores do banco, mais erráticas, então têm o potencial de serem mais significativos para impulsionar o real com o tempo, segundo a estrategista. "A regulação não tem sido o forte do governo brasileiro e os preços dos ativos refletem isso. Esse mecanismo é muito mais amigável do que o que tínhamos até agora - é uma mudança na direção certa", afirmou.

O real avançou com o anúncio do BC apesar da notícia divulgada nesta sexta-feira de que o déficit em conta corrente do país aumentou em julho para US$ 9,02 bilhões, de US$ 3,95 bilhões em junho, devido ao aumento das importações.

A rupia indiana também avançou ante o dólar, assim como o peso mexicano, o peso chileno, o rand sul-africano e a rupia da Indonésia. O dólar caiu 0,8% ante a moeda indiana, 0,7% ante o peso mexicano e 0,6% frente ao peso chileno. Ante o rand sul-africano, o recuo foi de 0,6%. Já a rupia da Indonésia avançou 1,3% frente à moeda norte-americana.

Por outro lado, a lira turca continuou a despencar ante o dólar, atingindo uma mínima recorde, na medida em que o país continua a sofrer com o êxodo de investidores, apesar das contínuas intervenções do banco central turco.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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Nova York - As moedas dos países emergentes foram impulsionadas nesta sexta-feira, 23, por uma série de intervenções de bancos centrais ao redor do mundo e após dados decepcionantes do mercado imobiliário dos EUA aumentarem a incerteza dos investidores sobre uma redução de estímulos do Federal Reserve já em setembro.

Os estímulos injetaram dinheiro barato na economia e levaram os investidores a buscarem retornos maiores nos ativos de países emergentes.

O real foi a moeda emergente que mais avançou frente ao dólar, impulsionado pela intervenção do Banco Central. A instituição anunciou que injetará no mercado mais US$ 60 bilhões em leilões de swap e de linha até o fim do ano e causou o efeito desejado no dólar. Assim, o dólar à vista no balcão caiu abaixo de R$ 2,36, registrando recuo de mais de 3%. No acumulado do ano, o real registra desvalorização de 15% ante o dólar.

"Esse plano melhor que o esperado de vender dólares por meio de um sistema automático ajuda a restaurar a confiança do mercado porque é consistente e previsível", disse Maya Hernandez, estrategista do HSBC em Nova York.

Os leilões diários planejados marcam uma mudança em relação às intenções anteriores do banco, mais erráticas, então têm o potencial de serem mais significativos para impulsionar o real com o tempo, segundo a estrategista. "A regulação não tem sido o forte do governo brasileiro e os preços dos ativos refletem isso. Esse mecanismo é muito mais amigável do que o que tínhamos até agora - é uma mudança na direção certa", afirmou.

O real avançou com o anúncio do BC apesar da notícia divulgada nesta sexta-feira de que o déficit em conta corrente do país aumentou em julho para US$ 9,02 bilhões, de US$ 3,95 bilhões em junho, devido ao aumento das importações.

A rupia indiana também avançou ante o dólar, assim como o peso mexicano, o peso chileno, o rand sul-africano e a rupia da Indonésia. O dólar caiu 0,8% ante a moeda indiana, 0,7% ante o peso mexicano e 0,6% frente ao peso chileno. Ante o rand sul-africano, o recuo foi de 0,6%. Já a rupia da Indonésia avançou 1,3% frente à moeda norte-americana.

Por outro lado, a lira turca continuou a despencar ante o dólar, atingindo uma mínima recorde, na medida em que o país continua a sofrer com o êxodo de investidores, apesar das contínuas intervenções do banco central turco.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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