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Mercados domésticos repercutem aumento do IOF

São Paulo - O dólar e a Bovespa recuaram nesta sexta-feira, enquanto os juros futuros ficaram praticamente estáveis em meio à repercussão do mercado às recentes medidas macroprudenciais do governo para conter o consumo e pressões inflacionárias. Comentando o aumento do IOF para crédito pessoal, anunciado na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 17h53.

São Paulo - O dólar e a Bovespa recuaram nesta sexta-feira, enquanto os juros futuros ficaram praticamente estáveis em meio à repercussão do mercado às recentes medidas macroprudenciais do governo para conter o consumo e pressões inflacionárias.

Comentando o aumento do IOF para crédito pessoal, anunciado na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o governo tomará medidas para atenuar a valorização do real e evitar o avanço da inflação.

O ministro também falou que as autoridades não permitirão a criação de bolhas no Brasil e negou que esteja havendo improvisos na tomada de medidas [ID:nN08250047].

Na visão de investidores do mercado acionário, o aumento do IOF adicionou incerteza a um ambiente já cauteloso, uma vez que deixou os agentes na expectativa por mais ações no curto prazo.

A Bovespa acabou perdendo o patamar de 69 mil pontos, também influenciada pela queda das bolsas em Nova York.

Já os players do segmento cambial preferiram prosseguir com a avaliação de que as autoridades vão tolerar um real mais forte para fazer frente à inflação. Assim, o dólar voltou a cair, renovando a mínima desde agosto de 2008.

Parte desse movimento teve suporte na fraqueza da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas <.DXY>. Destaque para o desempenho do euro, que avançava à máxima em 15 meses em meio à perspectiva de mais aperto monetário no bloco.

Comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, endossaram tal visão. Segundo Trichet, os formuladores de política monetária da zona do euro estão prontos para promover mais apertos se necessário.

Preocupações com os efeitos de uma paralisação no governo norte-americano também jogaram contra o dólar, apesar dos esforços da Casa Branca e do Congresso do país para chegar a um acordo orçamentário até a meia-noite desta sexta-feira.

Nos EUA, aliás, as principais bolsas de valores intensificaram a baixa perto do fechamento, pressionadas por ações do setor de transporte conforme os preços do petróleo saltaram a novas máximas em mais de dois anos e meio.

O barril do Brent , por exemplo, superou os 126 dólares, no maior nível em 32 meses. Nas operações eletrônicas em Nova York, o petróleo terminou no maior patamar desde setembro de 2008.

Operadores voltaram a atribuir esse movimento a preocupações com a oferta devido a tensões na Líbia, Oriente Médio e Nigéria e também à queda do dólar. Outras matérias-primas se destacaram, com o ouro à vista atingindo novo pico histórico e prata superando 40 dólares a onça.

Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,574 real, em queda de 0,63 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,66 por cento, para 68.718 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,84 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,16 por cento, a 38.685 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,24 por cento ao ano, ante 12,25 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4469 dólar, ante 1,4302 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 134,063 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,646 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil tinha queda de 2 pontos, para 161 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 4 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> cedeu 0,24 por cento, a 12.380 pontos; o S&P 500 <.SPX> perdeu 0,40 por cento, a 1.328 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> registrou queda de 0,56 por cento, a 2.780 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 2,49 dólares, ou 2,26 por cento, a 112,79 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,5791 por cento ante 3,549 por cento no fechamento anterior.

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São Paulo - O dólar e a Bovespa recuaram nesta sexta-feira, enquanto os juros futuros ficaram praticamente estáveis em meio à repercussão do mercado às recentes medidas macroprudenciais do governo para conter o consumo e pressões inflacionárias.

Comentando o aumento do IOF para crédito pessoal, anunciado na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o governo tomará medidas para atenuar a valorização do real e evitar o avanço da inflação.

O ministro também falou que as autoridades não permitirão a criação de bolhas no Brasil e negou que esteja havendo improvisos na tomada de medidas [ID:nN08250047].

Na visão de investidores do mercado acionário, o aumento do IOF adicionou incerteza a um ambiente já cauteloso, uma vez que deixou os agentes na expectativa por mais ações no curto prazo.

A Bovespa acabou perdendo o patamar de 69 mil pontos, também influenciada pela queda das bolsas em Nova York.

Já os players do segmento cambial preferiram prosseguir com a avaliação de que as autoridades vão tolerar um real mais forte para fazer frente à inflação. Assim, o dólar voltou a cair, renovando a mínima desde agosto de 2008.

Parte desse movimento teve suporte na fraqueza da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas <.DXY>. Destaque para o desempenho do euro, que avançava à máxima em 15 meses em meio à perspectiva de mais aperto monetário no bloco.

Comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, endossaram tal visão. Segundo Trichet, os formuladores de política monetária da zona do euro estão prontos para promover mais apertos se necessário.

Preocupações com os efeitos de uma paralisação no governo norte-americano também jogaram contra o dólar, apesar dos esforços da Casa Branca e do Congresso do país para chegar a um acordo orçamentário até a meia-noite desta sexta-feira.

Nos EUA, aliás, as principais bolsas de valores intensificaram a baixa perto do fechamento, pressionadas por ações do setor de transporte conforme os preços do petróleo saltaram a novas máximas em mais de dois anos e meio.

O barril do Brent , por exemplo, superou os 126 dólares, no maior nível em 32 meses. Nas operações eletrônicas em Nova York, o petróleo terminou no maior patamar desde setembro de 2008.

Operadores voltaram a atribuir esse movimento a preocupações com a oferta devido a tensões na Líbia, Oriente Médio e Nigéria e também à queda do dólar. Outras matérias-primas se destacaram, com o ouro à vista atingindo novo pico histórico e prata superando 40 dólares a onça.

Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,574 real, em queda de 0,63 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,66 por cento, para 68.718 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,84 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,16 por cento, a 38.685 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,24 por cento ao ano, ante 12,25 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4469 dólar, ante 1,4302 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 134,063 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,646 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil tinha queda de 2 pontos, para 161 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 4 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> cedeu 0,24 por cento, a 12.380 pontos; o S&P 500 <.SPX> perdeu 0,40 por cento, a 1.328 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> registrou queda de 0,56 por cento, a 2.780 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 2,49 dólares, ou 2,26 por cento, a 112,79 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,5791 por cento ante 3,549 por cento no fechamento anterior.

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