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Mercados da Europa fecham em queda com EUA e BCE

Na Europa, influência negativa partiu dos comentários do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e o desemprego industrial fraco na zona do euro

Desvalorização: cautela novamente fez mercados operarem com certa precaução, o que pressionou principais índices para terreno negativo (Miguel Medina/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 15h30.

São Paulo - Num ambiente de pré-reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e expectativas sobre o futuro da política de estímulos à economia nos EUA, os mercados da Europa fecharam nesta quinta-feira, 12, com perdas pela terceira vez seguida nesta semana.

Nesta quinta-feira, a cautela foi impulsionada por dados mistos de dois indicadores da economia norte-americana e as expectativas de uma possível aprovação do orçamento do país dos próximos dois anos no Congresso, que deve ocorrer até o fim do dia.

Na Europa, a influência negativa partiu dos comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o desemprego industrial fraco na zona do euro. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 1%, aos 310,24 pontos.

Após o acordo firmado há dois dias entre democratas e republicanos para o orçamento de 2014, o mercado espera com confiança uma aprovação ainda nesta quinta da proposta na Câmara dos Representantes.

Os investidores sustentam as apostas de o que o Fed iniciará a retirada da política de estímulos no curto prazo, com possibilidade de isso ocorrer na reunião de terça, 17, e quarta-feira, 18. Essa cautela, que perdura há duas semanas nas bolsas do Velho Continente, novamente fez os mercados operarem com certa precaução, o que pressionou os principais índices para o terreno negativo.

"A aprovação das diretrizes para o orçamento do outro lado do Atlântico evitaria as famosas disputas entre republicanos e democratas que colocam os nervos à flor da pele nos mercados", diz a analista da corretora IG Markets Soledad Pellón. "Ao mesmo tempo, essa boa notícia é interpretada negativamente nas bolsas porque o acordo aumenta a possibilidade de que o Federal Reserve comece a reduzir os estímulos", completa.

Ainda dos EUA, recentes indicadores econômicos também fortaleceram a especulação sobre a redução da compra de bônus mensal. As vendas no setor varejista subiram 0,7% em novembro ante outubro, o melhor resultado desde junho. A previsão dos economistas era de um avanço menor, de 0,6%. Contudo, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 68 mil na semana passada, a 368 mil, ante uma projeção de 328 mil.


Na Europa, o BCE divulgou um boletim mensal no qual reitera que a política monetária continuará acomodatícia pelo tempo que for necessário, fazendo coro aos comentários de membros do Conselho Executivo da instituição, assim como de Draghi. O presidente do BCE, inclusive, disse nesta quinta que ainda existem riscos para a economia da zona do euro e que o bloco está sujeito a ter um período prolongado de inflação baixa, embora sem riscos de uma deflação. Draghi reforçou também que o BCE ainda dispõe de instrumentos para agir, se necessário.

Os últimos números da indústria da zona do euro reafirmam a visão dele. De acordo com a Eurostat, a produção industrial do bloco caiu 1,1% em outubro ante setembro e subiu 0,2% na comparação, ficando aquém das expectativas. Analistas previam um avanço mensal de 0,2% e ganho anual de 1,1%.

A Bolsa de Londres quase fechou no menor nível dos últimos dois meses. O índice FTSE caiu 0,96%, aos 6.445,25 pontos, pressionado pelos bancos. As ações do Royal Bank of Scotland recuaram 2,81%, enquanto o Barclays perdeu 2,23%. As ações da empresa Sports Direct International caíram 12,58% depois que o diretor da companhia, Bob Mellors, afirmar que se aposentará no fim de 2013 por motivos de saúde.

Em Frankfurt, o índice DAX encerrou com queda de 0,7%, aos 9.017 pontos. As ações do Commerzbank perderam 2,5% e os papéis do K+S caíram 2,3%, acompanhando a Infineon que teve queda de 2,3% nas suas ações. Já os papéis do Metro AG tiveram alta de 3,13% depois que a companhia previu um leve crescimento nas venda para o ano fiscal de 2014.

Na França, a Bolsa de Paris teve a menor perda entre os mercados da região, e caiu 0,43%, aos 4.609,12 pontos. As ações da Peugeot foram o destaque negativo da sessão, após anunciar uma baixa contábil de 1,1 bilhão de euros. As ações caíram 7,7%. O banco Credit Agricole também registrou queda nas ações de 1,6%.

O índice IBEX35 terminou a sessão com perdas de 0,93%, aos 9.272,10 pontos. Os bancos também foram o destaque negativo na Espanha. Os papéis do Santander recuaram, 1,45%, acompanhando a queda de 1,57% das ações do Bankinter e de 1,80% do Banco Popular Español. Houve recuo também nas ações da ArcelorMittal, que perderam 1,85%.

Em Milão, o índice FTSEMIB caiu 0,94%, aos 17.804,87 pontos. O perdedor da sessão foram os papéis do Banco Popolare, que caíram 2,54%. As ações do Intesa Sanpaolo cederam 1,19% e do Unicredit recuaram 1,08%. Em Portugal, o índice PSIS20 fechou na mínima do pregão, com queda de 1,28%, aos 6.378,58 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - Num ambiente de pré-reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e expectativas sobre o futuro da política de estímulos à economia nos EUA, os mercados da Europa fecharam nesta quinta-feira, 12, com perdas pela terceira vez seguida nesta semana.

Nesta quinta-feira, a cautela foi impulsionada por dados mistos de dois indicadores da economia norte-americana e as expectativas de uma possível aprovação do orçamento do país dos próximos dois anos no Congresso, que deve ocorrer até o fim do dia.

Na Europa, a influência negativa partiu dos comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o desemprego industrial fraco na zona do euro. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 1%, aos 310,24 pontos.

Após o acordo firmado há dois dias entre democratas e republicanos para o orçamento de 2014, o mercado espera com confiança uma aprovação ainda nesta quinta da proposta na Câmara dos Representantes.

Os investidores sustentam as apostas de o que o Fed iniciará a retirada da política de estímulos no curto prazo, com possibilidade de isso ocorrer na reunião de terça, 17, e quarta-feira, 18. Essa cautela, que perdura há duas semanas nas bolsas do Velho Continente, novamente fez os mercados operarem com certa precaução, o que pressionou os principais índices para o terreno negativo.

"A aprovação das diretrizes para o orçamento do outro lado do Atlântico evitaria as famosas disputas entre republicanos e democratas que colocam os nervos à flor da pele nos mercados", diz a analista da corretora IG Markets Soledad Pellón. "Ao mesmo tempo, essa boa notícia é interpretada negativamente nas bolsas porque o acordo aumenta a possibilidade de que o Federal Reserve comece a reduzir os estímulos", completa.

Ainda dos EUA, recentes indicadores econômicos também fortaleceram a especulação sobre a redução da compra de bônus mensal. As vendas no setor varejista subiram 0,7% em novembro ante outubro, o melhor resultado desde junho. A previsão dos economistas era de um avanço menor, de 0,6%. Contudo, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 68 mil na semana passada, a 368 mil, ante uma projeção de 328 mil.


Na Europa, o BCE divulgou um boletim mensal no qual reitera que a política monetária continuará acomodatícia pelo tempo que for necessário, fazendo coro aos comentários de membros do Conselho Executivo da instituição, assim como de Draghi. O presidente do BCE, inclusive, disse nesta quinta que ainda existem riscos para a economia da zona do euro e que o bloco está sujeito a ter um período prolongado de inflação baixa, embora sem riscos de uma deflação. Draghi reforçou também que o BCE ainda dispõe de instrumentos para agir, se necessário.

Os últimos números da indústria da zona do euro reafirmam a visão dele. De acordo com a Eurostat, a produção industrial do bloco caiu 1,1% em outubro ante setembro e subiu 0,2% na comparação, ficando aquém das expectativas. Analistas previam um avanço mensal de 0,2% e ganho anual de 1,1%.

A Bolsa de Londres quase fechou no menor nível dos últimos dois meses. O índice FTSE caiu 0,96%, aos 6.445,25 pontos, pressionado pelos bancos. As ações do Royal Bank of Scotland recuaram 2,81%, enquanto o Barclays perdeu 2,23%. As ações da empresa Sports Direct International caíram 12,58% depois que o diretor da companhia, Bob Mellors, afirmar que se aposentará no fim de 2013 por motivos de saúde.

Em Frankfurt, o índice DAX encerrou com queda de 0,7%, aos 9.017 pontos. As ações do Commerzbank perderam 2,5% e os papéis do K+S caíram 2,3%, acompanhando a Infineon que teve queda de 2,3% nas suas ações. Já os papéis do Metro AG tiveram alta de 3,13% depois que a companhia previu um leve crescimento nas venda para o ano fiscal de 2014.

Na França, a Bolsa de Paris teve a menor perda entre os mercados da região, e caiu 0,43%, aos 4.609,12 pontos. As ações da Peugeot foram o destaque negativo da sessão, após anunciar uma baixa contábil de 1,1 bilhão de euros. As ações caíram 7,7%. O banco Credit Agricole também registrou queda nas ações de 1,6%.

O índice IBEX35 terminou a sessão com perdas de 0,93%, aos 9.272,10 pontos. Os bancos também foram o destaque negativo na Espanha. Os papéis do Santander recuaram, 1,45%, acompanhando a queda de 1,57% das ações do Bankinter e de 1,80% do Banco Popular Español. Houve recuo também nas ações da ArcelorMittal, que perderam 1,85%.

Em Milão, o índice FTSEMIB caiu 0,94%, aos 17.804,87 pontos. O perdedor da sessão foram os papéis do Banco Popolare, que caíram 2,54%. As ações do Intesa Sanpaolo cederam 1,19% e do Unicredit recuaram 1,08%. Em Portugal, o índice PSIS20 fechou na mínima do pregão, com queda de 1,28%, aos 6.378,58 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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