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Mercados cedem a banho de água fria da Alemanha

A onda renovada de preocupação fez ações desabarem ao redor do mundo e impulsionou uma alta do dólar frente às principais moedas

Bolsa de Frankfurt (Bolsa de Frankfurt)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 17h53.

Brasília -  Investidores fugiram de ativos de risco nesta segunda-feira, após comentários do ministro de Finanças da Alemanha esfriarem esperanças de uma resolução próxima para a crise de dívida na zona do euro.

A onda renovada de preocupação fez ações desabarem ao redor do mundo e impulsionou uma alta do dólar frente às principais moedas.

Na cidade alemã de Dusseldorf, Wolfgang Schaeuble afirmou que é errado esperar uma cura miraculosa para a crise de dívida do bloco numa reunião de cúpula de lideranças da União Europeia UE) no fim de semana, apesar de os governos europeus estarem decididos a adotar uma plataforma centrada em cinco medidas para lidar com os problemas. As declarações de Schaeuble foram um golpe para a confiança dos agentes, que haviam encerrado a semana passada em clima de otimismo com a expectativa de que os 27 líderes da UE chegassem a um acordo sobre um plano abrangente para dar fim à crise de dois anos.

Em uma amostra da situação da crise no bloco europeu, Portugal anunciou esperar uma contração de 2,8 por cento do seu Produto Interno Bruto no ano que vem, após um declínio estimado de 1,9 por cento neste ano. Em Nova York, os principais índices acionários fecharam o dia com quedas em torno de 2 por cento. A bolsa paulista seguiu a toada, em dia de vencimento de opções.

O euro chegou a subir ao maior patamar em um mês frente ao dólar, mas reverteu os ganhos e caiu 1 por cento. A escalada da aversão a risco fez o dólar saltar mais de 2 por cento ante o real, após oito quedas seguidas.


Ainda do lado doméstico, os agentes souberam que a balança comercial teve superávit de 304 milhões de dólares na segunda semana de outubro.  Mais cedo, o mercado repercutira uma nova rodada de estimativas trazidas pelo relatório Focus do Banco Central (BC), que mostrou outro aumento nas expectativas de inflação para 2012, e redução nas previsões de crescimento econômico para este ano e o próximo.  As perspectivas de acomodação da economia brasileira --motivadas principalmente pela fraqueza no cenário externo-- chegaram a servir de argumento para a queda nas taxas dos contratos de DI na BM&FBovespa pela manhã, mas no final do dia os contratos mais líquidos ficaram perto da estabilidade, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira.

Antes, na terça-feira, será divulgada a leitura de outubro do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), bem como o dado da segunda quadrissemana deste mês do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo.

Nos EUA, destaque para a leitura de preços no atacado relativa a setembro. Na Alemanha, vale citar o índice de confiança econômica ZEW deste mês, enquanto na Grã-Bretanha a pauta reserva dados relativos aos preços ao consumidor do mês passado.

Veja como fecharam os principais mercados nesta segunda-feira:

CÂMBIO O dólar encerrou a sessão cotado a 1,7695 real, em alta de 2,28 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 2,03 por cento, para 53.911 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 8,56 bilhões de reais, impulsionado por 3,31 bilhões de reais do exercício de opções sobre ações.

ADRs BRASILEIROS -  O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 3,75 por cento, a 28.565 pontos.

JUROS -  No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,550 por cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3730 dólar, ante 1,3875 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL - 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, recuava a 131,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,341 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 7 pontos, a 232 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 365 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caiu 2,13 por cento, a 11.397 pontos; o S&P 500  recuou 1,94 por cento, a 1.200 pontos, e o Nasdaq teve queda de 1,98 por cento, a 2.614 pontos.

PETRÓLEO -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em baixa de 0,42 dólar, ou 0,48 por cento, para 86,38 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS -  O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,1568 por cento, ante 2,251 por cento na sexta-feira.

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Brasília -  Investidores fugiram de ativos de risco nesta segunda-feira, após comentários do ministro de Finanças da Alemanha esfriarem esperanças de uma resolução próxima para a crise de dívida na zona do euro.

A onda renovada de preocupação fez ações desabarem ao redor do mundo e impulsionou uma alta do dólar frente às principais moedas.

Na cidade alemã de Dusseldorf, Wolfgang Schaeuble afirmou que é errado esperar uma cura miraculosa para a crise de dívida do bloco numa reunião de cúpula de lideranças da União Europeia UE) no fim de semana, apesar de os governos europeus estarem decididos a adotar uma plataforma centrada em cinco medidas para lidar com os problemas. As declarações de Schaeuble foram um golpe para a confiança dos agentes, que haviam encerrado a semana passada em clima de otimismo com a expectativa de que os 27 líderes da UE chegassem a um acordo sobre um plano abrangente para dar fim à crise de dois anos.

Em uma amostra da situação da crise no bloco europeu, Portugal anunciou esperar uma contração de 2,8 por cento do seu Produto Interno Bruto no ano que vem, após um declínio estimado de 1,9 por cento neste ano. Em Nova York, os principais índices acionários fecharam o dia com quedas em torno de 2 por cento. A bolsa paulista seguiu a toada, em dia de vencimento de opções.

O euro chegou a subir ao maior patamar em um mês frente ao dólar, mas reverteu os ganhos e caiu 1 por cento. A escalada da aversão a risco fez o dólar saltar mais de 2 por cento ante o real, após oito quedas seguidas.


Ainda do lado doméstico, os agentes souberam que a balança comercial teve superávit de 304 milhões de dólares na segunda semana de outubro.  Mais cedo, o mercado repercutira uma nova rodada de estimativas trazidas pelo relatório Focus do Banco Central (BC), que mostrou outro aumento nas expectativas de inflação para 2012, e redução nas previsões de crescimento econômico para este ano e o próximo.  As perspectivas de acomodação da economia brasileira --motivadas principalmente pela fraqueza no cenário externo-- chegaram a servir de argumento para a queda nas taxas dos contratos de DI na BM&FBovespa pela manhã, mas no final do dia os contratos mais líquidos ficaram perto da estabilidade, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira.

Antes, na terça-feira, será divulgada a leitura de outubro do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), bem como o dado da segunda quadrissemana deste mês do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo.

Nos EUA, destaque para a leitura de preços no atacado relativa a setembro. Na Alemanha, vale citar o índice de confiança econômica ZEW deste mês, enquanto na Grã-Bretanha a pauta reserva dados relativos aos preços ao consumidor do mês passado.

Veja como fecharam os principais mercados nesta segunda-feira:

CÂMBIO O dólar encerrou a sessão cotado a 1,7695 real, em alta de 2,28 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 2,03 por cento, para 53.911 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 8,56 bilhões de reais, impulsionado por 3,31 bilhões de reais do exercício de opções sobre ações.

ADRs BRASILEIROS -  O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 3,75 por cento, a 28.565 pontos.

JUROS -  No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,550 por cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3730 dólar, ante 1,3875 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL - 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, recuava a 131,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,341 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 7 pontos, a 232 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 365 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caiu 2,13 por cento, a 11.397 pontos; o S&P 500  recuou 1,94 por cento, a 1.200 pontos, e o Nasdaq teve queda de 1,98 por cento, a 2.614 pontos.

PETRÓLEO -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em baixa de 0,42 dólar, ou 0,48 por cento, para 86,38 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS -  O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,1568 por cento, ante 2,251 por cento na sexta-feira.

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