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Mercados asiáticos encerram com sinais mistos

Reações foram diferentes com a inflação chinesa em alta

Bolsa de Xangai, na China, apresentou elevação, à medida que a forte alta na inflação de março já havia sido precificada pelos investidores (Getty Images)

Bolsa de Xangai, na China, apresentou elevação, à medida que a forte alta na inflação de março já havia sido precificada pelos investidores (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 07h48.

Tóquio - As Bolsas da Ásia fecharam sem sinal definido nesta sexta-feira. A alta na inflação de março na China norteou os investidores, mas cada bolsa da região reagiu de forma diferente à possibilidade do aumento das medidas de aperto por parte de Pequim. Não houve negociações na Tailândia por ser feriado.

A Bolsa de Hong Kong fechou estável, com o declínio no setor imobiliário devido ao fator China e à possibilidade de aumento no ciclo da taxa de hipotecas. O índice Hang Seng caiu apenas 5,93 pontos, ou 0,02%, e encerrou aos 24.008,07 - na semana, o índice acumulou perda de 1,6%.

Já a Bolsa de Xangai, na China, apresentou elevação, à medida que a forte alta na inflação de março já havia sido precificada pelos investidores. O índice Xangai Composto subiu 0,3% e fechou aos 3.050,53 pontos - na semana, o índice teve ganho de 1%. Por sua vez, o índice Shenzhen Composto perdeu 0,1% e terminou aos 1.281,50 pontos.

O yuan desvalorizou-se ante o dólar devido a preocupações de que o banco central vá introduzir mais medidas de aperto no fim de semana depois da divulgação de índice de inflação mais alta em quase três anos em março, a despeito do recorde de baixa da taxa de paridade central dólar-yuan, que foi fixada em 6,5301 yuans, de 6,5339 ontem. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5325 yuans, de 6,5315 yuans ontem.

A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou em baixa, com perdas importantes em ações de pesos-pesados do setor de tecnologia. O índice Taiwan Weighted caiu 0,96% e fechou aos 8.718,12 pontos.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, ficou estável e terminou aos 2.140,50 pontos. Novamente os varejistas deram suporte ao índice. Houve realização de lucros nos setores automotivo, petrolífero e de estaleiros.

Já a Austrália voltou a fechar em queda, por conta da indecisão em Wall Street e da fraqueza nos mercados europeus e nos preços dos metais. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, caiu 0,7% e encerrou aos 4.852,1 pontos.

Nas Filipinas, a Bolsa de Manila fechou em alta, impulsionada pelos ganhos em Wall Street. O índice PSE subiu 0,39% e terminou aos 4.251,64 pontos.

A Bolsa de Cingapura teve baixa em linha com a maioria dos mercados asiáticos depois da divulgação da inflação da China e da Índia, que vieram acima das estimativas dos analistas, revelando que a pressão dos preços continua na região. O índice Straits Times cedeu 02,% e fechou aos 3.153,30 pontos.

O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,7% e fechou aos 3.730,51 pontos, liderado por compras de blue chips na expectativa de fortes resultados no primeiro trimestre. Uma explosão em uma mesquita em Cirebon, maior cidade da província de Java Ocidental, não afetou o mercado, uma vez que fica afastada da capital.

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,3% e fechou aos 1.521,94 pontos. "Há preocupações sobre a possibilidade de mais apertos na China, bem como com o plebiscito no Estado de Sarawak neste fim de semana", disse um dealer local. As informações são da Dow Jones

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