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Mercado testa se BC vai segurar dólar acima de R$ 1,950

No mercado futuro, às 9h21, o contrato de dólar com vencimento em 1º de março de 2013 subia 0,08%, a R$ 1,9585


	A moeda norte-americana à vista abriu a R$ 1,9560 no balcão, com ligeira alta de 0,05%
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A moeda norte-americana à vista abriu a R$ 1,9560 no balcão, com ligeira alta de 0,05% (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 10h55.

São Paulo - O mercado financeiro deve voltar a testar nesta quarta-feira a disposição do Banco Central (BC) em manter o dólar acima do suposto piso informal de R$ 1,950.

Os agentes de câmbio ficaram em dúvida na terça-feira se o BC irá intervir para segurar uma queda maior visando a competitividade industrial brasileira, caso a moeda se aproxime desse nível de preço, ou se a autoridade monetária vai deixar o real se apreciar um pouco mais para ajudar no controle da inflação.

Neste cenário, tende a prevalecer a pressão de baixa sobre o dólar ante o real, disse um operador de uma corretora. Por enquanto, o dólar ante o real oscila entre ligeiras altas e a estabilidade.

A moeda norte-americana à vista abriu a R$ 1,9560 no balcão, com ligeira alta de 0,05%. Às 9h20, o dólar à vista testou uma mínima, de R$ 1,9550 (estável).

No mercado futuro, às 9h21, o contrato de dólar com vencimento em 1º de março de 2013 subia 0,08%, a R$ 1,9585 - mesma taxa registrada na abertura da sessão. Até esse horário, o dólar março de 2013 oscilou de R$ 1,9575 (+0,03%) a R$ 1,9590 (+0,10%).

Na terça-feira após o presidente do BC, Alexandre Tombini, indicar que a postura da instituição quanto à Selic será ajustada quando necessário, investidores interpretaram que o dólar vai continuar servindo de instrumento para conter o avanço da inflação, enquanto a taxa Selic não subir.

Tombini também teria admitido, em um almoço com senadores, que a inflação deve seguir elevada no primeiro trimestre. Em reação, a curva de juros indicou a possibilidade considerável de a Selic subir ainda no segundo trimestre.

Com isso, a moeda dos EUA no mercado à vista de balcão voltou a ser negociada na casa de R$ 1,950.


Como o dólar recuou na terça-feira até uma mínima de R$ 1,9540, mas não furou os níveis anteriores que acionaram os leilões de swap reverso do Banco Central - de R$ 1,9530 e R$ 1,9520 - o BC não atuou. A divisa dos EUA ante o real terminou com baixa de 0,41%, a R$ 1,9550 no mercado à vista de balcão. Na BM&FBovespa, o dólar para março de 2013 encerrou a R$ 1,9570.

Por trás da possível nova pressão de baixa sobre o dólar nesta quarta-feira está ainda o interesse dos investidores que apostam no declínio da moeda, por isso, assumiram posições vendidas em dólar. É o caso de bancos e investidores estrangeiros.

Nesta quarta-feira pela manhã o BC informou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,64% em 2012, no dado sem ajuste sazonal. O indicador serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

O resultado de 2012 ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas consultados pelo AE Projeções (1,35% a 1,70%), e acima da mediana das estimativas (1,60%).

Analistas do mercado financeiro avaliam que o IBC-Br tenha encerrado o ano passado com desempenho superior ao do Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo IBGE, que será conhecido em 1º de março e deve crescer cerca de 1%.

No exterior, o dólar opera desde cedo em alta em relação a divisas correlacionadas a commodities. Ante o euro e o iene, o dólar oscila perto da estabilidade

Em Nova York, às 9h22, o euro estava em US$ 1,3371, de US$ 1,3388 no fim da tarde de ontem. O dólar era cotado a 93,57 ienes, de 93,59 ienes na véspera. A moeda dos EUA subia ante o dólar australiano (+0,45%), o dólar canadense (+0,27%), o peso chileno (+0,16%), o peso mexicano (+0,32%) e o dólar neozelandês (+1,24%).

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