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“Mercado passou muito bem pelo teste da crise”, diz presidente da B3

Gilson Finkelsztain elogiou a regulação do mercado brasileiro, a atuação da Comissão Valores Mobiliários e do Banco Central

Gilson Finkelsztain: medidas anunciadas até agora devem ter prazo para acabar (Victor Moriyama/Bloomberg/Bloomberg)

Karla Mamona

Publicado em 23 de abril de 2020 às 20h03.

Última atualização em 24 de abril de 2020 às 14h36.

Os seis circuit breakers da Bolsa no mês de março em menos de 10 dias colocou à prova a maturidade do mercado financeiro brasileiro. É o que afirmou GilsonFinkelsztain, presidente  da B3, em uma transmissão realizada pela companhia , no Youtube, nesta quinta-feira, 23.

Finkelsztain elogiou a regulação do mercado brasileiro, a atuação da Comissão Valores Mobiliários ( CVM ) e do Banco Central nos dias de maior volatilidade no mês passado. “Temos um mercado bastante regulado e um sistema financeiro muito robusto. As intervenções do Banco Central só foram possíveis porque somos capitalizados. Passamos muito bem pelo teste da crise.”

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Ele também mencionou a participação do investidor brasileiro no período. Enquanto o Ibovespa registrava a maior queda das duas últimas décadas (-30%), o número de novos entrantes na Bolsa foi de 250 mil. Hoje, são 2,24 milhões de pessoas físicas na Bolsa.

A forte atuação do pequeno investidor no mercado brasileiro se deve, segundo Finkelsztain, ao cenário de juros baixos e a inflação controlada. Sobre as medidas tomadas agora pelo governo diante da pandemia de coronavírus (covid-19), o presidente da B3 acredita que a ajuda fiscal deve ser temporária e ter prazo para acabar. Ele pede que o governo retome o quanto antes a agenda de reformas para que a atividade econômica volte a crescer.

“Com a atuação dos bancos centrais pelo mundo e a injeção de liquidez é natural que haja uma competição para atrair os estrangeiros. Temos que mostrar um compromisso com a agenda de reformas para que o investidor volte.”

A live da B3 teve a participação de Florian Bartunek, sócio-fundador da gestora de investimentos Constellation. O gestor destacou que as empresas listas podem sair ainda mais fortalecidas na crise como já aconteceu em crises passados. “Daqui a dois anos, elas estarão ainda melhores. Elas estão enfrentando mais uma crise entre tantas vividas.”

Bartunek também destacou que apesar dos ruídos em relação as notícias envolvendo o Brasil, o investidor estrangeiro quando investe no país foca principalmente na empresa que ele está comprando. "Ele compra uma Equatorial, Natura, Totvs. Ele compra a empresa e deixa de lado um pouco o contexto."

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