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Mercado não crê na salvação do Cruzeiro do Sul

Detentores de títulos do banco estão prevendo que a instituição será liquidada depois da atuação do FGC

Um default do Cruzeiro do Sul aos títulos que somam US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002 (Reuters/Ricardo Moraes)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h05.

Nova York/São Paulo - Os detentores de títulos do Banco Cruzeiro do Sul SA estão prevendo que a instituição será liquidada depois que a oferta do Fundo Garantidor de Créditos impôs perdas maiores que as previstas pelo mercado.

Os títulos do Cruzeiro do Sul com vencimento em 2016 caíram 9,625 centavos ontem, para 47,375 centavos de dólar, ou 8,625 centavos abaixo da oferta de 56 centavos feita aos credores que aderirem até 28 de agosto. A diferença de preço mostra que os detentores de dívida do banco estão preocupados que o FGC, que assumiu o banco desde a intervenção em junho, não conseguirá obter os 90 por cento de aceitação necessários para a recompra, um obstáculo que levaria o banco à liquidação.

Investidores “não estão confiantes de que uma solução será encontrada”, disse Marco Aurélio de Sá, diretor do Credit Agricole Securities, em entrevista por telefone de Miami. “Será uma conclusão complicada para essa história”.

Um default do Cruzeiro do Sul aos títulos que somam US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002, de acordo com a Moody’s Investors Service. O governo brasileiro está sendo mais rigoroso com os credores do Cruzeiro do Sul do que foi com os do Banco Panamericano SA em 2010, estabelecendo um precedente que a Alliance Bernstein LP diz que poderá elevar os custos de financiamento para outros bancos médios e pequenos do país.

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Os títulos do Cruzeiro do Sul com vencimento em 2016 caíram 9,625 centavos ontem, para 47,375 centavos de dólar, ou 8,625 centavos abaixo da oferta de 56 centavos feita aos credores que aderirem até 28 de agosto. A diferença de preço mostra que os detentores de dívida do banco estão preocupados que o FGC, que assumiu o banco desde a intervenção em junho, não conseguirá obter os 90 por cento de aceitação necessários para a recompra, um obstáculo que levaria o banco à liquidação.

Investidores “não estão confiantes de que uma solução será encontrada”, disse Marco Aurélio de Sá, diretor do Credit Agricole Securities, em entrevista por telefone de Miami. “Será uma conclusão complicada para essa história”.

Um default do Cruzeiro do Sul aos títulos que somam US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002, de acordo com a Moody’s Investors Service. O governo brasileiro está sendo mais rigoroso com os credores do Cruzeiro do Sul do que foi com os do Banco Panamericano SA em 2010, estabelecendo um precedente que a Alliance Bernstein LP diz que poderá elevar os custos de financiamento para outros bancos médios e pequenos do país.

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