Mercado Livre (MELI): BTG rebaixa preço-alvo, mas mantém ação como preferida do setor
Mudança acontece em momento desafiador para papéis de tecnologia; potencial de ganhos para o papel ainda é de 56%
Beatriz Quesada
Publicado em 6 de junho de 2022 às 15h00.
As ações do Mercado Livre (MELI)tiveram o preço-alvo rebaixado na avaliação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME ). Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 6, os analistas estimam que a ação encerre o ano cotada a US$ 1.230, contra estimativa anterior de US$ 1.530.
O reajuste de estimativas foi feito com base no cenário macroeconômico, que não está favorável para as ações detecnologia. Os papéis – que eram os mais desejados durante a pandemia – agora sofrem com um cenário de alta global da inflação e subida dos juros, em meio à guerra na Ucrânia e ao ressurgimento da covid-19 na China.
O Mercado Livre não saiu imune. As ações da maior fintech da América Latina caem cerca de 40% no acumulado do ano, mesmo após o balanço positivo do primeiro trimestre. Ainda assim, os analistas do BTG seguem otimistas com os papéis e mantém a recomendação de compra.
“A empresa já é lucrativa, ao contrário de muitas das ações de crescimento que estão sendo vendidas ultimamente. Na avaliação atual, vemos o negócio de fintech do Mercado Livre mal precificado, o que obviamente deixa muito espaço para ganhos do papel. Ainda assim, é provável que o preço das ações permaneça volátil com uma potencial recessão global (e inflação) se aproximando”, informou o relatório.
A empresa é uma das principais apostas do BTG para o setor. O novo preço-alvo, apesar de ser mais baixo que o anterior, ainda representa um potencial de valorização (upside) de 56%.
Veja também
Mercado Livre: Itaú BBA reduz em 30% preço-alvo das ações
Mercado Livre: ações sobem após balanço do 1º tri impressionar mercado