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Mercado financeiro acredita cada vez menos em Alckmin

A “ação” do candidato desvalorizou mais de 90% desde agosto, enquanto os papéis de Bolsonaro e Haddad subiram

Alckmin: em bolsa paralela, as ações hoje valem menos de 2 centavos (ndre Coelho/Bloomberg/Bloomberg)

Alckmin: em bolsa paralela, as ações hoje valem menos de 2 centavos (ndre Coelho/Bloomberg/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 15h14.

Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 15h15.

São Paulo - Não é apenas em pesquisa eleitoral que Geraldo Alckmin anda em baixa. No mercado financeiro, o candidato do PSDB foi colocado para escanteio.

É o que mostram as cotações dos candidatos numa espécie de bolsa das eleições criada por profissionais do mercado. Nessa bolsa, cada presidenciável é negociado como se fosse uma ação.

Nessa aposta entre os traders, a ação de Alckmin chegou a valer 28 centavos, melhor desempenho após fechar o acordo com o Centrão, em julho. Em agosto, valia 22 centavos e, hoje, vale 1,5 centavo.

Ciro Gomes, do PDT, também viu o valor do seu ativo desvalorizar de agosto para cá, passando de 3 centavos para 2 centavos. A descrença em Marina Silva (Rede) ganhar as eleições é tão alta que a candidata não tem valor de compra nessa bolsa.

Bolsonaro x Haddad 

Já a disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e de Fernando Haddad (PT) no segundo turno segue acirrada entre os apostadores do mercado financeiro. Ambos tiveram forte valorização no último mês.

Atualmente, a ação de Jair Bolsonaro vale 55 centavos, contra 32 centavos no mês passado. Haddad passou de 23 centavos para 42 centavos.

Os traders também passaram a medir a chance de Bolsonaro ganhar no primeiro turno e de Haddad terminar o primeiro turno à frente do adversário. Nos dois casos, o valor da aposta é de 10 centavos, e quem apostar nisso e acertar ganha 1 real.

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