Magalu (MGLU3): o que esperar do balanço divulgado nesta quinta-feira
Companhia ainda deve registrar prejuízo na comparação anual, mas deve apresentar leve retomada em razão do período mais aquecido de compras
Karina Souza
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 06h30.
A expectativa de analistas em relação ao balanço do Magalu é mista: ao mesmo tempo que a companhia passou por um período mais aquecido de vendas, na comparação com o primeiro trimestre — sazonalmente mais fraco e com menos capital de giro —, os efeitos da inflação e dos juros em alta devem cair sobre o consumo e sobre a despesa financeira, respectivamente, no balanço divulgado nesta quinta-feira.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, a combinação de inflação, juros e endividamento contribuiu para que o mês de junho apresentasse recuo (o segundo no ano) na comparação anual. Apesar disso, o primeiro semestre fechou em alta de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
Diante desse cenário, a expectativa da Genial Investimentos é a de que a companhia consiga atravessar o período com aumento de vendas, impulsionada principalmente pelas lojas físicas, com alta discreta no GMV do marketplace, principalmente com queda de vendas nos produtos próprios. Com repasse de custos e maior margem do marketplace, a casa espera aumento na margem bruta da companhia.
"Revertendo o lucro de R$96m do 2T22, estimamos que a companhia registre umprejuízo líquido de R$ 139 milhões", escrevem os analistas da Genial.
Olhando para o desempenho da companhia no ano, o BTG Pactual vê espaço para um upside de 122% no preço da ação daqui até o fim do ano, com o papel cotado a R$ 7. A projeção do banco é que a companhia seja negociada a 10,1x EV/Ebitda neste ano. Caso o fato realmente se concretize, a capitalização de mercado da empresa deve chegar a R$ 4,1 bilhões.