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Kodak deixará de cotar na Bolsa de NY depois de mais de 100 anos

O organismo regulador desse mercado pediu a suspensão imediata da negociação das ações da empresa após anúncio de concordata

A contínua desvalorização das ações da firma levou o NYSE adverti-la, no início de janeiro, que poderia deixar de cotar no pregão nova-iorquino (Scott Olson/Getty Images)

A contínua desvalorização das ações da firma levou o NYSE adverti-la, no início de janeiro, que poderia deixar de cotar no pregão nova-iorquino (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 14h29.

Nova York - A empresa de produtos e serviços fotográficos Kodak, que declarou concordata nesta quinta-feira, deixará de cotar na Bolsa de Nova York depois de mais de 100 anos, já que o organismo regulador desse mercado pediu a suspensão imediata da negociação de suas ações.

'O regulador do NYSE determinou que a companhia já não está apta para fazer parte do mercado', informou hoje em comunicado a praça financeira.

A Kodak, fundada em 1888 por George Eastman, chegou a Wall Street em abril de 1905 e 25 anos depois começou a fazer parte do índice Dow Jones Industrial, que agrupa 30 das maiores empresas cotadas dos Estados Unidos e ao qual pertenceu até 2004.

A contínua desvalorização das ações da firma levou o NYSE adverti-la, no início de janeiro, que poderia deixar de cotar no pregão nova-iorquino se não conseguisse que seus títulos fechassem acima de US$ 1 como requer esse mercado.

Os títulos da companhia fecharam a última jornada a US$ 0,55, e meia hora depois do início do pregão de hoje, desabaram 35,1% para ficar em US$ 0,36, acumulando uma queda nos últimos 12 meses de 93,12%.

A empresa recorreu nesta quinta-feira a um tribunal de Nova York ao Capítulo 11 da Lei de Concordatas americana, com o que pretende reforçar sua liquidez nos EUA e no exterior, rentabilizar a propriedade intelectual não-estratégica, resolver a situação dos passivos e concentrar-se nos negócios mais competitivos.

De qualquer modo, Eastman Kodak ressaltou em comunicado que, apesar da declaração de concordata, tem capacidade suficiente para operar seu negócio e prestar serviços a seus clientes normalmente. 

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