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Juros terminam estáveis, seguindo dólar e Treasuries

No fim do dia, à medida que a alta do dólar perdeu fôlego, as taxas voltaram para perto dos ajustes


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (217.790 contratos) marcava 9,23%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (217.790 contratos) marcava 9,23% (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 17h05.

São Paulo - As taxas futuras com prazo intermediário e longo voltaram a subir levemente na maior parte desta quinta-feira, 19, em linha com o dólar e o juro dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries). No fim do dia, à medida que a alta do dólar perdeu fôlego, as taxas voltaram para perto dos ajustes.

Após o rali no pregão anterior, quando o banco central dos EUA (Fed) contrariou expectativas ao manter seu programa de estímulos e houve devolução consistente de prêmios, os mercados ainda buscam um equilíbrio, de olho em indicadores da economia norte-americana.

Mais cedo, um volume expressivo de títulos prefixados negociado pelo Tesouro Nacional ajudou no viés de alta, ao estimular a demanda por hedge no mercado futuro de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (217.790 contratos) marcava 9,23%, igual à quarta-feira.

O vencimento para janeiro de 2015 (462.875 contratos) indicava taxa de 10,12%, de 10,11%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (297.885 contratos) apontava 11,17%, de 11,15% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (15.070 contratos) estava em 11,59%, de 11,60% no ajuste anterior.

Após a decisão do Fed, os investidores consideram provável a chance de o Banco Central elevar a Selic em mais 0,50 ponto porcentual em outubro, encerrando o ciclo com uma elevação de 0,25 ponto porcentual do juro básico em novembro.

Isso porque, na visão do mercado, o dólar tende a se acomodar em patamares mais baixos que os vistos recentemente, o que reduziria eventuais pressões na inflação oriundas do repasse cambial. Nesta sessão, o dólar à vista no mercado de balcão subiu 0,46%, a R$ 2,202.

Ainda assim, alguns indicadores conhecidos nos EUA trouxeram a percepção de que o Fed poderá reduzir os estímulos ainda neste ano. E isso ajuda a alimentar a queda das Bolsas, bem como a alta do dólar e dos juros dos Treasuries. As vendas de moradias usadas nos EUA subiram 1,7% em agosto, ante previsão -2,6%.

O Fed de Filadélfia mostrou que o índice de atividade regional avançou a 22,3 em setembro, ante previsão de alta para 9. Por fim, o número de pedidos semanais de auxílio-desemprego subiu a 309 mil, ante projeção de que atingiria 330 mil. Assim, o juro da T-note de 10 anos marcava 2,746% às 16h32 (horário de Brasília), de 2,705% no fim da tarde da véspera em Nova York.

Internamente, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), apurado na prévia da Sondagem da Indústria, apontou queda de 0,8% em setembro sobre agosto, atingindo 98,2 pontos, abaixo da média histórica recente de 103,4 pontos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria apresentou "relativa estabilidade" em setembro, registrando leve alta para 84,3%, de 84,2% no resultado final de agosto.

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