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Juros recuam após fala de Bernanke e queda do dólar

Há ainda certa ansiedade pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que será publicada nesta quinta-feira e deve engessar os contratos mais curtos

Bovespa: às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,76%, na mínima, de 8,77% no ajuste de ontem (Marcos Issa/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 10h59.

São Paulo - A confirmação de que o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, apenas reafirma declarações já feitas anteriormente levou as taxas dos Treasuries a recuarem nos Estados Unidos, puxando para baixo a cotação do dólar ante o real e os contratos de DI futuro na BM&FBovespa.

Segundo Bernanke, a política monetária altamente acomodatícia é apropriada para o curto prazo e o ritmo das compras de bônus pode ser mantido por mais tempo se as condições forem desfavoráveis.

Os juros futuros iniciaram o pregão em leve alta, seguindo o comportamento das Treasuries e do dólar no mercado internacional. A liquidez, no entanto, era reduzida, com os investidores mantendo certa cautela antes da publicação do discurso do presidente do Fed. E, de fato, o texto alterou o comportamento das bolsas.

Às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,76%, na mínima, de 8,77% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2015 caía para 9,41%, também na mínima, de 9,45% no ajuste da véspera.

Na parcela mais longa, o contrato para janeiro de 2017 também recuava, para 10,52%, mínima, de 10,56% ontem. O dólar era negociado a R$ 2,2380, na menor cotação do dia (-0,89%).

Por aqui, há ainda certa ansiedade pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que será publicada nesta quinta-feira e deve engessar os contratos mais curtos. Até lá, especula-se que o governo possa detalhar um possível corte orçamentário para colaborar com o esforço do Banco Central em combater a inflação.

Mas essa expectativa pode ser frustrada, com integrantes do governo questionando se uma redução dos gastos não poderia comprometer ainda mais o crescimento.


De fato, os últimos indicadores inflacionário têm mostrado firme desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou nas sete capitais pesquisadas na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de julho. No geral, o IPC-S desacelerou de 0,23% para 0,07% no período.

Já a inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), teve ligeira alta de 0,01% na segunda leitura do mês, desacelerando ante a prévia anterior, quando subiu 0,16%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, entre -0,02% e +0,17%, mas abaixo da mediana, de +0,05%.

Sem a pressão de alta para os preços, os analistas passaram recentemente a dar maior importância para a atividade econômica. Nesse contexto, pode ser relevante um novo índice que a FGV divulga a partir de hoje, em parceria com o The Conference Board, o Indicador Antecedente da Economia Brasileira (IAE).

Ontem, os índices de inflação mais fracos foram contrabalançados pela alta do dólar e por informações do exterior no mercado de juros, fazendo com que as taxas futuras de curto prazo terminassem, novamente, perto dos ajustes anteriores. As taxas mais longas seguiram a leve queda dos juros dos Treasuries e cederam levemente.

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São Paulo - A confirmação de que o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, apenas reafirma declarações já feitas anteriormente levou as taxas dos Treasuries a recuarem nos Estados Unidos, puxando para baixo a cotação do dólar ante o real e os contratos de DI futuro na BM&FBovespa.

Segundo Bernanke, a política monetária altamente acomodatícia é apropriada para o curto prazo e o ritmo das compras de bônus pode ser mantido por mais tempo se as condições forem desfavoráveis.

Os juros futuros iniciaram o pregão em leve alta, seguindo o comportamento das Treasuries e do dólar no mercado internacional. A liquidez, no entanto, era reduzida, com os investidores mantendo certa cautela antes da publicação do discurso do presidente do Fed. E, de fato, o texto alterou o comportamento das bolsas.

Às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,76%, na mínima, de 8,77% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2015 caía para 9,41%, também na mínima, de 9,45% no ajuste da véspera.

Na parcela mais longa, o contrato para janeiro de 2017 também recuava, para 10,52%, mínima, de 10,56% ontem. O dólar era negociado a R$ 2,2380, na menor cotação do dia (-0,89%).

Por aqui, há ainda certa ansiedade pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que será publicada nesta quinta-feira e deve engessar os contratos mais curtos. Até lá, especula-se que o governo possa detalhar um possível corte orçamentário para colaborar com o esforço do Banco Central em combater a inflação.

Mas essa expectativa pode ser frustrada, com integrantes do governo questionando se uma redução dos gastos não poderia comprometer ainda mais o crescimento.


De fato, os últimos indicadores inflacionário têm mostrado firme desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou nas sete capitais pesquisadas na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de julho. No geral, o IPC-S desacelerou de 0,23% para 0,07% no período.

Já a inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), teve ligeira alta de 0,01% na segunda leitura do mês, desacelerando ante a prévia anterior, quando subiu 0,16%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, entre -0,02% e +0,17%, mas abaixo da mediana, de +0,05%.

Sem a pressão de alta para os preços, os analistas passaram recentemente a dar maior importância para a atividade econômica. Nesse contexto, pode ser relevante um novo índice que a FGV divulga a partir de hoje, em parceria com o The Conference Board, o Indicador Antecedente da Economia Brasileira (IAE).

Ontem, os índices de inflação mais fracos foram contrabalançados pela alta do dólar e por informações do exterior no mercado de juros, fazendo com que as taxas futuras de curto prazo terminassem, novamente, perto dos ajustes anteriores. As taxas mais longas seguiram a leve queda dos juros dos Treasuries e cederam levemente.

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