Juros futuros sobem em véspera de ata do Copom
O mercado também avalia as declarações da presidente Dilma Rousseff, que disse que os juros básicos da economia brasileira vão continuar "subindo e descendo"
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2013 às 11h21.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram a quarta-feira em leve alta, depois de duas sessões seguidas de queda, com os investidores no aguardo da divulgação, na quinta-feira, 25, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Essa expectativa inibe ajustes mais intensos e neutraliza os efeitos dos índices de inflação divulgados mais cedo, entre eles IPC-S e IPC-Fipe. Mesmo porque os indicadores, de acordo com profissionais de renda fixa, divergiram e não ficaram muito distante do esperado.
O mercado também avalia as declarações da presidente Dilma Rousseff, que disse que os juros básicos da economia brasileira vão continuar "subindo e descendo", mas em um "nível mais adequado para os padrões internacionais", e discute sobre a unidade dos diretores do BC em torno do atual ciclo de aperto monetário.
Isso porque os votos pela manutenção da taxa básica, dados por dois dos diretores do BC, foram um dos destaques da decisão da semana passada.
Um deles, o diretor de assuntos Internacionais, Luiz Awazu, em declarações feitas no exterior, já explicou que a sua discordância era em relação ao timing e não à trajetória de alta da Selic.
Assim, a percepção de boa parte do mercado é de que a elevação da Selic em maio não está ameaçada, conforme notou, em coluna publica no Broadcast naquela ocasião, o jornalista Fábio Alves.
Porém, resta a curiosidade sobre o voto também divergente do diretor de Política Monetária, Aldo Mendes e sobre os detalhes observados por eles.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,54% na terceira quadrissemana de abril, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), abaixo do registrado na segunda leitura deste mês (0,65%).
Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram decréscimo em suas taxas de variação de preços, no período, entre elas Alimentação (de 1,37% para 1,13%).
Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em São Paulo, ficou em 0,17% na terceira quadrissemana deste mês, acelerando em relação à segunda leitura (0,08%) e à terceira quadrissemana de março (-0,18%).
O resultado ficou praticamente em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro (0,18%), com base em um intervalo de 0,12% a 0,28%.
Às 9h55, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 apontava 7,41%, na máxima, ante 7,40% no ajuste de ontem.
O contrato com vencimento em janeiro de 2014 marcava 7,82%, na máxima, de 7,81% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 marcava 8,26%, de 8,25% ontem e, entre os contratos com vencimento no longo prazo, o DI para janeiro de 2017 apontava 8,87%, igual ao ajuste da véspera.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram a quarta-feira em leve alta, depois de duas sessões seguidas de queda, com os investidores no aguardo da divulgação, na quinta-feira, 25, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Essa expectativa inibe ajustes mais intensos e neutraliza os efeitos dos índices de inflação divulgados mais cedo, entre eles IPC-S e IPC-Fipe. Mesmo porque os indicadores, de acordo com profissionais de renda fixa, divergiram e não ficaram muito distante do esperado.
O mercado também avalia as declarações da presidente Dilma Rousseff, que disse que os juros básicos da economia brasileira vão continuar "subindo e descendo", mas em um "nível mais adequado para os padrões internacionais", e discute sobre a unidade dos diretores do BC em torno do atual ciclo de aperto monetário.
Isso porque os votos pela manutenção da taxa básica, dados por dois dos diretores do BC, foram um dos destaques da decisão da semana passada.
Um deles, o diretor de assuntos Internacionais, Luiz Awazu, em declarações feitas no exterior, já explicou que a sua discordância era em relação ao timing e não à trajetória de alta da Selic.
Assim, a percepção de boa parte do mercado é de que a elevação da Selic em maio não está ameaçada, conforme notou, em coluna publica no Broadcast naquela ocasião, o jornalista Fábio Alves.
Porém, resta a curiosidade sobre o voto também divergente do diretor de Política Monetária, Aldo Mendes e sobre os detalhes observados por eles.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,54% na terceira quadrissemana de abril, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), abaixo do registrado na segunda leitura deste mês (0,65%).
Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram decréscimo em suas taxas de variação de preços, no período, entre elas Alimentação (de 1,37% para 1,13%).
Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em São Paulo, ficou em 0,17% na terceira quadrissemana deste mês, acelerando em relação à segunda leitura (0,08%) e à terceira quadrissemana de março (-0,18%).
O resultado ficou praticamente em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro (0,18%), com base em um intervalo de 0,12% a 0,28%.
Às 9h55, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 apontava 7,41%, na máxima, ante 7,40% no ajuste de ontem.
O contrato com vencimento em janeiro de 2014 marcava 7,82%, na máxima, de 7,81% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 marcava 8,26%, de 8,25% ontem e, entre os contratos com vencimento no longo prazo, o DI para janeiro de 2017 apontava 8,87%, igual ao ajuste da véspera.