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Juros futuros sobem em dia de decisão do Copom

São Paulo - O mercado de juros futuros abriu em alta na manhã de hoje, dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entra para a última etapa de sua reunião decisória circundado pela expectativa de que promoverá o primeiro aperto monetário no Brasil desde setembro de 2008. No exterior, o […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O mercado de juros futuros abriu em alta na manhã de hoje, dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entra para a última etapa de sua reunião decisória circundado pela expectativa de que promoverá o primeiro aperto monetário no Brasil desde setembro de 2008. No exterior, o cenário é de turbulência, provocada pelas apreensões sobre gerenciamento de déficits governamentais de países na Europa.

No mercado, o grupo que aposta em alta de 0,75 ponto porcentual na Selic pode ficar menos convicto se o exterior mantiver o rumo negativo. E a previsão de elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic pode se revigorar. Mas se o exterior apresentar uma melhora significativa, a dinâmica pode mudar no mercado de contratos de depósitos interfinanceiros (DIs), gerando a consolidação da previsão de aumento de 0,75 ponto porcentual da Selic hoje.

"O mercado futuro de juros fica em função do cenário externo. E por hora, com a incerteza no exterior, aumenta chance de elevação da Selic de 0,50 ponto porcentual, o que deve retirar prêmio na parte curta da curva e transferi-lo para os (contratos com vencimentos) longos. Mas se lá fora melhorar, tudo pode mudar", comentou um operador da mesa de renda fixa de um banco.

Mas o exterior ganhou uma configuração melhor nas últimas horas. As expectativas de que a Alemanha dê seu aval definitivo para a liberação do pacote de ajuda da União Europeia - Fundo Monetário Internacional (FMI) de 45 bilhões de euros para a Grécia sustentam uma recuperação das bolsas europeias e grega, após as fortes perdas de ontem, agravadas pela decisão da agência Standard & Poor´s de rebaixar os ratings soberanos da Grécia e de Portugal.

O mês do último aumento da taxa básica brasileira foi o mesmo em que o Lehman Brothers, o banco de investimento norte-americano, foi à concordata, o que agravou a crise hipotecária norte-americana e empurrou vários países do mundo para a recessão. No Brasil, a crise gerou medidas como redução dos juros em janeiro de 2009, estímulos fiscais, medidas para melhorar da liquidez financeira, consolidação bancária e danos a empresas expostas a derivativos complexos.

Na esfera doméstica, a atividade e a inflação estão em ritmo forte. As expectativas de inflação se deterioraram e os economistas chegam ao dia do Copom divididos. Pesquisa feita pela Agência Estado junto a 66 instituições mostrou que 35 casas esperam um aumento da taxa de juros em 0,50 ponto porcentual; 30 aguardam uma elevação de 0,75 ponto porcentual e apenas uma casa prevê uma puxada de 1 ponto porcentual da taxa, que se encontra atualmente em 8,75% ao ano.

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