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Juros futuros sobem após alta da Selic

O anúncio do Copom de elevar a taxa Selic em 0,50% surpreendeu parte do mercado e provocou ajustes de posições e nas projeções dos investidores

Bovespa: no fim da sessão regular, a taxa do DI para abril de 2014 (122.580 contratos) marcava 10,427%, de 10,278% no ajuste de ontem (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 16h08.

São Paulo - Os contratos dos juros futuros fecharam em alta nesta quinta-feira, 16, após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), anunciada ontem, de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano.

No fim da sessão regular, a taxa do DI para abril de 2014 (122.580 contratos) marcava 10,427%, de 10,278% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (736.345 contratos) apontava 10,93%, de 10,74% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (280.180 contratos) estava em 12,37%, de 12,32% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (23.720 contratos) indicava em 13,00%, de 13,01%.

O anúncio do comitê surpreendeu parte do mercado e provocou ajustes de posições e nas projeções dos investidores, que passaram a contar com elevações nas reuniões de fevereiro e abril. A decisão também fez com que os investidores ficassem divididos para o próximo encontro, entre uma alta de 0,50 pp e de 0,25 pp no mês que vem.

Um levantamento-relâmpago do serviço especializado do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, realizado nesta quinta-feira mostrou que ainda há divisões nas projeções também entre os economistas. A pesquisa indicou, no entanto, que a maioria de 29 instituições consultadas acredita que o último aumento de juro do atual ciclo de alta ocorrerá em fevereiro, na intensidade de 0,25 pp.

O Departamento Econômico do Banco Fator destacou em um relatório que o comunicado divulgado pelo BC após a decisão mostrou duas diferenças na comparação com o da reunião anterior.

"O uso do termo 'neste momento' no comunicado sugere que a decisão é restrita a hoje e que não é provável outra alta caso não haja mais surpresas como no IPCA recente (0,92%). Por sua vez, a referência à alta de 0,50 pp e não apenas ao resultado (10,50%) pode ser vista como destaque, em contraste com 0,25 pp, e não simples explicitação", afirmou a instituição.

O Bradesco também está entre as instituições que acreditam em fim do ciclo de alta da Selic em fevereiro, apesar de alertar, em seu boletim matinal divulgado hoje, que é preciso esperar a ata da reunião do Copom para obter elementos adicionais sobre os próximos passos da política monetária.

O banco afirmou que "nossa expectativa é de que o ciclo de alta da Selic será encerrado na reunião de fevereiro, com mais um aumento de 0,25 pp, desde que os resultados do IPCA de janeiro e do IPCA-15 de fevereiro apresentem um cenário mais benigno para a inflação, não surpreendendo de forma negativa como em dezembro".

Na agenda de indicadores domésticos divulgados hoje, os dados das vendas no varejo trouxeram notícias positivas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as vendas cresceram 0,7% em novembro ante outubro no conceito restrito e na série com ajuste sazonal, ficando perto do teto de estimativas do AE Projeções, de avanço de 0,80%. No conceito ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas aumentaram 1,3% na mesma base de comparação. A mediana era 0,35% e o teto, 1,5%.

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No fim da sessão regular, a taxa do DI para abril de 2014 (122.580 contratos) marcava 10,427%, de 10,278% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (736.345 contratos) apontava 10,93%, de 10,74% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (280.180 contratos) estava em 12,37%, de 12,32% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (23.720 contratos) indicava em 13,00%, de 13,01%.

O anúncio do comitê surpreendeu parte do mercado e provocou ajustes de posições e nas projeções dos investidores, que passaram a contar com elevações nas reuniões de fevereiro e abril. A decisão também fez com que os investidores ficassem divididos para o próximo encontro, entre uma alta de 0,50 pp e de 0,25 pp no mês que vem.

Um levantamento-relâmpago do serviço especializado do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, realizado nesta quinta-feira mostrou que ainda há divisões nas projeções também entre os economistas. A pesquisa indicou, no entanto, que a maioria de 29 instituições consultadas acredita que o último aumento de juro do atual ciclo de alta ocorrerá em fevereiro, na intensidade de 0,25 pp.

O Departamento Econômico do Banco Fator destacou em um relatório que o comunicado divulgado pelo BC após a decisão mostrou duas diferenças na comparação com o da reunião anterior.

"O uso do termo 'neste momento' no comunicado sugere que a decisão é restrita a hoje e que não é provável outra alta caso não haja mais surpresas como no IPCA recente (0,92%). Por sua vez, a referência à alta de 0,50 pp e não apenas ao resultado (10,50%) pode ser vista como destaque, em contraste com 0,25 pp, e não simples explicitação", afirmou a instituição.

O Bradesco também está entre as instituições que acreditam em fim do ciclo de alta da Selic em fevereiro, apesar de alertar, em seu boletim matinal divulgado hoje, que é preciso esperar a ata da reunião do Copom para obter elementos adicionais sobre os próximos passos da política monetária.

O banco afirmou que "nossa expectativa é de que o ciclo de alta da Selic será encerrado na reunião de fevereiro, com mais um aumento de 0,25 pp, desde que os resultados do IPCA de janeiro e do IPCA-15 de fevereiro apresentem um cenário mais benigno para a inflação, não surpreendendo de forma negativa como em dezembro".

Na agenda de indicadores domésticos divulgados hoje, os dados das vendas no varejo trouxeram notícias positivas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as vendas cresceram 0,7% em novembro ante outubro no conceito restrito e na série com ajuste sazonal, ficando perto do teto de estimativas do AE Projeções, de avanço de 0,80%. No conceito ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas aumentaram 1,3% na mesma base de comparação. A mediana era 0,35% e o teto, 1,5%.

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