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Juros futuros ficam estáveis, com cautela antes do Fed

No meio da tarde, o dólar virou e passou a cair e as taxas dos Treasuries também recuaram, impedindo qualquer pressão de alta mais forte sobre os juros


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (120.345 contratos) marcava máxima de 9,25%
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (120.345 contratos) marcava máxima de 9,25% (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 17h16.

São Paulo - Em meio ao cenário de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na próxima semana, as taxas futuras de juros até oscilaram um pouco com o dólar, mas acabaram terminando, mais um vez, perto dos ajustes, ainda que com leve viés de alta nesta quarta-feira, 11.

Segundo profissionais consultados, a liquidez do mercado está muito baixa nos últimos dias e uma parte disso pode ser explicada pela certeza dos agentes em relação à condução da política monetária brasileira em outubro, quando se espera nova alta de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic, além da expectativa com a reunião do Fed. No meio da tarde, o dólar virou e passou a cair e as taxas dos Treasuries (títulos americanos) também recuaram, impedindo qualquer pressão de alta mais forte sobre os juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (120.345 contratos) marcava máxima de 9,25%, de 9,24% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (216.165 contratos) indicava taxa de 10,36%, de 10,32% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (155.115 contratos) apontava 11,57%, de 11,55% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.420 contratos) estava em 11,97%, de 11,95% no ajuste anterior.


Nesse ambiente, o mercado também está levando em consideração o nível de atividade. Como os indicadores recentes não dão qualquer sinal de aceleração neste terceiro trimestre - pelo contrário, indicam desaceleração ante o segundo -, os investidores não enxergam, por ora, pressões adicionais sobre a inflação. Hoje, por exemplo, o emprego na indústria recuou 0,2% em julho ante junho e 0,8% na comparação com julho do ano passado, de acordo com o indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a utilização da capacidade instalada ficou em 82,2% em julho, ante 82,3% em junho, de acordo com a série dessazonalizada. Em julho de 2012, a capacidade instalada na indústria de transformação também era de 82,2%.

Além disso, da mesma forma que a disparada recente do dólar exerceu influência na primeira prévia do IGP-M conhecida ontem, que teve alta de 1,02%, a desvalorização da moeda vista nos últimos dias tende a neutralizar parte deste pico, segundo avaliação de um economista. Vale destacar ainda que o maior vilão do IGP-M foi a soja, com pouco peso no IPCA. Hoje, o dólar à vista no mercado de balcão caiu 0,57%, cotado a R$ 2,2730.

Em meio a isso, os índices de preços ao consumidor seguem relativamente comportados. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que a inflação na cidade de São Paulo, medida pelo IPC, registrou uma alta de 0,21% na primeira quadrissemana de setembro. O número representa leve recuo em relação ao fechamento de agosto, quando apresentou um avanço de 0,22%. O resultado ficou abaixo da mediana das previsões coletadas pelo AE Projeções, de 0,24%.

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