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Juros futuros disparam após pesquisa Datafolha

O dólar abriu em alta acelerada ante o real


	Bovespa: na bolsa, a taxa do DI para janeiro de 2017 saltava e projetava 12,19%
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: na bolsa, a taxa do DI para janeiro de 2017 saltava e projetava 12,19% (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 10h29.

São Paulo - O dólar abriu em alta acelerada ante o real, o que também impulsiona um firme avanço das taxas domésticas de juros futuros, na abertura dos mercados nesta segunda-feira, 29.

O movimento está em sintonia com o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior e também ocorre em meio aos ajustes dos negócios locais à pesquisa Datafolha, divulgada depois do fechamento do pregão na última sexta-feira, 26.

Ainda entre os destaques domésticos, o Banco Central reduziu a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, mas segue mais otimista do que os analistas do mercado financeiro consultados pela autoridade monetária, conforme apontam as estimativas na pesquisa Focus e no Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Além disso, a projeção é de que a inflação oficial no País encerrará o ano acima do centro da meta de 4,5% tanto no cenário de mercado quanto no de referência. Por sua vez, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou ao terreno inflacionário, após acumular resultados negativos desde maio.

Às 9h31, no mercado à vista de balcão, o dólar subia a R$ 2,4650, em alta de 2,11%, na cotação máxima até então. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana para outubro valia R$ 2,4650 (+2,11%).

Também na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2017 saltava e projetava 12,19%, de 11,88% no fim da tarde de sexta-feira; e o DI para janeiro de 2021 estava em 12,27%, de 11,77% ao final da semana passada.

O Datafolha mostrou que a candidata Dilma Rousseff (PT) abriu 13 pontos de vantagem frente à principal adversária, Marina Silva (PSB), nas intenções de voto para o primeiro turno, com 40% contra 27%. Na visão do próprio instituto, o mais recente resultado indicou a diminuição de chance de segundo turno das eleições, nesta reta final do pleito.

Mesmo assim, nessa simulação, o Datafolha mostrou que Dilma passou à frente de Marina, ficando com 47% contra 43%, desatando o empate técnico apontado no levantamento anterior e apagando a vantagem que a ex-senadora abriu sobre a petista no mês passado, quando chegou a 10 pontos porcentuais.

Na agenda doméstica do dia, o Banco Central informou que a mediana das estimativas para a alta da inflação pelo IPCA neste ano, no boletim Focus, subiu de 6,30% para 6,31%. Já no âmbito do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA em 2014 caiu de 6,4% para 6,3% tanto no cenário de referência quanto no de mercado.

Na Focus, o mercado financeiro revisou pela décima oitava semana consecutiva a previsão de expansão do PIB, passando de 0,30% para 0,29%. Mais otimista, o BC revisou para 0,7% a expectativa de alta do crescimento econômico em 2014, de +1,6% esperado no último RTI.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IGP-M voltou ao território da inflação, após passar quatro meses no campo deflacionário, e subiu 0,20% em setembro, ante -0,27% em agosto. O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,25% a 0,45%, com mediana de +0,34%.

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