Juros futuros de longo prazo encerram em alta
O avanço foi determinado por um movimento de realização de lucros em meio às incertezas do quadro político doméstico e da cautela no exterior
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2016 às 17h24.
São Paulo - Os juros futuros de longo prazo voltaram a fechar em alta nesta quarta-feira, 4, enquanto os curtos mantiveram-se perto dos ajustes anteriores.
O avanço foi determinado por um movimento de realização de lucros em meio às incertezas do quadro político doméstico e da cautela no exterior, após um indicador do mercado de trabalho privado nos Estados Unidos abaixo do esperado.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa , o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 13,665%, de 13,655% no ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2018 subiu de 12,75% para 12,80%. O DI janeiro de 2021 avançou de 12,49% para 12,63%.
Os juros futuros subiram apesar do dólar em queda. A alta refletiu a opção de investidores vendidos em taxas de reduzirem sua exposição ao risco prefixado, diante das dúvidas que ainda cercam o eventual governo de Michel Temer, tanto quanto à equipe quanto às medidas para tirar o País da crise.
Ontem, por exemplo, Temer disse que "há grande dificuldade" para reduzir o número de ministérios, em entrevista ao Blog do jornalista Gerson Camarotti.
Flávio Serrano, economista-sênior do banco Haitong, explicou que "o mercado está corrigindo as quedas fortes vistas a partir da evolução do cenário político e já tinha incorporado toda as 'noticias boas'".
E, desde ontem, o mercado já vem trabalhando com a possibilidade de não haver mudanças no comando do Banco Central.
A ponta curta oscilou sob um viés de alta, mas não houve espaço para grandes movimentos, já que amanhã será divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada.
"Talvez o mercado esteja um pouco conservador pelo risco de uma ata 'hawkish'", disse Serrano.
Nos EUA, a pesquisa ADP mostrou que o setor privado gerou 156 mil vagas em abril, abaixo das 196 mil previstas, o que traz insegurança em relação ao relatório oficial de emprego (payroll) que será conhecido na sexta-feira e sobre a saúde da economia norte-americana.
No entanto, o pessimismo foi limitado por indicadores que superaram as previsões, como a alta de 1,1% da encomendas à indústria em março, acima da expectativa de +0,8%.
São Paulo - Os juros futuros de longo prazo voltaram a fechar em alta nesta quarta-feira, 4, enquanto os curtos mantiveram-se perto dos ajustes anteriores.
O avanço foi determinado por um movimento de realização de lucros em meio às incertezas do quadro político doméstico e da cautela no exterior, após um indicador do mercado de trabalho privado nos Estados Unidos abaixo do esperado.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa , o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 13,665%, de 13,655% no ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2018 subiu de 12,75% para 12,80%. O DI janeiro de 2021 avançou de 12,49% para 12,63%.
Os juros futuros subiram apesar do dólar em queda. A alta refletiu a opção de investidores vendidos em taxas de reduzirem sua exposição ao risco prefixado, diante das dúvidas que ainda cercam o eventual governo de Michel Temer, tanto quanto à equipe quanto às medidas para tirar o País da crise.
Ontem, por exemplo, Temer disse que "há grande dificuldade" para reduzir o número de ministérios, em entrevista ao Blog do jornalista Gerson Camarotti.
Flávio Serrano, economista-sênior do banco Haitong, explicou que "o mercado está corrigindo as quedas fortes vistas a partir da evolução do cenário político e já tinha incorporado toda as 'noticias boas'".
E, desde ontem, o mercado já vem trabalhando com a possibilidade de não haver mudanças no comando do Banco Central.
A ponta curta oscilou sob um viés de alta, mas não houve espaço para grandes movimentos, já que amanhã será divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada.
"Talvez o mercado esteja um pouco conservador pelo risco de uma ata 'hawkish'", disse Serrano.
Nos EUA, a pesquisa ADP mostrou que o setor privado gerou 156 mil vagas em abril, abaixo das 196 mil previstas, o que traz insegurança em relação ao relatório oficial de emprego (payroll) que será conhecido na sexta-feira e sobre a saúde da economia norte-americana.
No entanto, o pessimismo foi limitado por indicadores que superaram as previsões, como a alta de 1,1% da encomendas à indústria em março, acima da expectativa de +0,8%.