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Juros futuros corrigem excessos e têm queda generalizada

Em 2016, Tombini repetiu que o objetivo é que a inflação fique dentro da margem de tolerância permitida pelo regime de metas de inflação

Bolsas: houve significativa redução de prêmios em toda a curva de juros (seewhatmitchsee/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 17h29.

São Paulo - O mercado futuro de juros dedicou esta quinta-feira, 17, a um movimento de correção dos excessos da véspera, quando as taxas reagiram com forte alta ao downgrade brasileiro e às especulações em torno do ministro da Fazenda , Joaquim Levy .

Houve significativa redução de prêmios em toda a curva de juros.

Pela manhã, o mercado iniciou o dia repercutindo positivamente a expectativa de avanço no processo de impeachment, a partir do relatório do ministro do STF Edson Fachin a favor da manutenção do rito do processo de impedimento.

Outro fator importante para determinar a tendência de queda foi o discurso "dovish" do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

O presidente do BC disse que em 2016 a instituição continuará atuando de forma autônoma para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2017.

Em 2016, Tombini repetiu que o objetivo é que a inflação fique dentro da margem de tolerância permitida pelo regime de metas de inflação.

Ele também voltou a insistir na tese de que haverá uma desinflação importante no ano que vem, que ajudará o trabalho da autoridade monetária.

"A desinflação em 2016 será necessária para o cumprimento do regime", afirmou durante café da manhã com jornalistas, na sede do BC.

Também foi considerado "dovish" o tom da nota do Federal Reserve divulgada ontem após a histórica alta de juros dos EUA, assim como o discurso da presidente da instituição, Janet Yellen.

Com a expectativa de um ajuste gradual e cauteloso das taxas americanas, os juros dos títulos do Tesouro dos EUA caíram com força.

O cenário político continuou sendo monitorado de perto pelos investidores. Um dos destaques da tarde foi a aprovação no Congresso do projeto de Orçamento de 2016.

Na votação dos destaques, os parlamentares mantiveram a CPMF como previsão de receita no orçamento, dando vitória ao governo nessa questão.

O Congresso também aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) com a meta de superávit primário de R$ 30,5 bilhões para as contas do setor público, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já a votação no STF de recurso contra o processo de impeachment seguia indefinida neste fim de tarde.

Nos negócios na BM&F, a curva de juros passa a projetar quatro aumentos de 0,50 pontos porcentuais na taxa Selic até julho de 2016. Até ontem, a curva projetava altas até o final do ano que vem.

Ao final dos negócios no horário regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para liquidação em abril de 2016 tinha taxa de 14,670%, ante 14,724% do ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,85%, de 16,04% do ajuste anterior.

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São Paulo - O mercado futuro de juros dedicou esta quinta-feira, 17, a um movimento de correção dos excessos da véspera, quando as taxas reagiram com forte alta ao downgrade brasileiro e às especulações em torno do ministro da Fazenda , Joaquim Levy .

Houve significativa redução de prêmios em toda a curva de juros.

Pela manhã, o mercado iniciou o dia repercutindo positivamente a expectativa de avanço no processo de impeachment, a partir do relatório do ministro do STF Edson Fachin a favor da manutenção do rito do processo de impedimento.

Outro fator importante para determinar a tendência de queda foi o discurso "dovish" do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

O presidente do BC disse que em 2016 a instituição continuará atuando de forma autônoma para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2017.

Em 2016, Tombini repetiu que o objetivo é que a inflação fique dentro da margem de tolerância permitida pelo regime de metas de inflação.

Ele também voltou a insistir na tese de que haverá uma desinflação importante no ano que vem, que ajudará o trabalho da autoridade monetária.

"A desinflação em 2016 será necessária para o cumprimento do regime", afirmou durante café da manhã com jornalistas, na sede do BC.

Também foi considerado "dovish" o tom da nota do Federal Reserve divulgada ontem após a histórica alta de juros dos EUA, assim como o discurso da presidente da instituição, Janet Yellen.

Com a expectativa de um ajuste gradual e cauteloso das taxas americanas, os juros dos títulos do Tesouro dos EUA caíram com força.

O cenário político continuou sendo monitorado de perto pelos investidores. Um dos destaques da tarde foi a aprovação no Congresso do projeto de Orçamento de 2016.

Na votação dos destaques, os parlamentares mantiveram a CPMF como previsão de receita no orçamento, dando vitória ao governo nessa questão.

O Congresso também aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) com a meta de superávit primário de R$ 30,5 bilhões para as contas do setor público, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já a votação no STF de recurso contra o processo de impeachment seguia indefinida neste fim de tarde.

Nos negócios na BM&F, a curva de juros passa a projetar quatro aumentos de 0,50 pontos porcentuais na taxa Selic até julho de 2016. Até ontem, a curva projetava altas até o final do ano que vem.

Ao final dos negócios no horário regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para liquidação em abril de 2016 tinha taxa de 14,670%, ante 14,724% do ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,85%, de 16,04% do ajuste anterior.

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