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Juros futuros avançam com dólar e alta na produção industrial

Às 9h54 desta sexta, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,785%, na máxima, de 6,770% no ajuste de quinta

B3: dados positivos da indústria e câmbio impulsionavam os juros futuros (Germano Lüders/Exame)

B3: dados positivos da indústria e câmbio impulsionavam os juros futuros (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 10h43.

São Paulo - Os juros futuros operam em alta nesta sexta-feira, 5, sustentados pelo dólar e o resultado positivo da produção industrial brasileira, segundo um operador de renda fixa.

A produção industrial subiu 0,2% em novembro de 2017 ante outubro, melhor que a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (0,15%), a partir do intervalo que previa de uma queda de 0,80% a uma expansão de 1%. Segundo o IBGE, a indústria acumula crescimento de 0,9% em três meses de expansão até novembro.

No câmbio, a moeda norte-americana avança desde cedo ante o real, em linha com o viés positivo registrado no exterior ante as divisas principais e algumas moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano, o peso chileno e o rand sul africano, entre outras.

Os investidores globais e no Brasil estão à espera do relatório de empregos (payroll) de dezembro dos Estados Unidos (11h30, no horário de Brasília), após o forte dado de criação de empregos no setor privado do País. Na quinta-feira, 4, a consultoria ADP informou a abertura de 250 mil novos postos de trabalho nos EUA, enquanto analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam 195 mil novas vagas no mês passado. O indicador do setor privado é considerado uma prévia do payroll.

O mercado também está atento ao desajuste fiscal e à estratégia do governo em relação à regra de ouro -que serve para impedir que o presidente Michel Temer seja responsabilizado criminalmente. Na quinta, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo precisa apresentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que flexibiliza a chamada regra de ouro.

"O governo precisa apresentar e passar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois na comissão especial", disse Maia. Segundo ele, no ano de 2019 o risco de descumprimento "parece" de 100%.

Além disso, a reforma ministerial segue no radar, após a saída de quatro ministros em menos de um mês. Segundo o Broadcast Político, Temer terá de mudar pelo menos mais 13 ministros até a primeira semana de abril, quando termina o prazo dado pela Justiça Eleitoral para candidatos se afastarem de seus cargos públicos a fim de concorrerem nas eleições gerais deste ano. Desse total, dez já disseram que pretendem se candidatar e três afirmam que vão decidir até o prazo final.

Às 9h54 desta sexta, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,785%, na máxima, de 6,770% no ajuste de quinta.

O DI para janeiro de 2020 estava em 7,96%, de 7,93%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 marcava 8,89%, de 8,83% no ajuste anterior.

Já o DI para janeiro de 2023 exibia 9,80%, de 9,76% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,31% neste horário, aos R$ 3,2442. O dólar futuro de fevereiro avançava a R$ 3,2540 (+0,26%).

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