Bovespa: a queda da confiança da indústria em outubro contribuía para o movimento (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 10h31.
São Paulo - Os juros futuros abriram em ligeira alta nesta terça-feira, 22, mas inverteram a direção, em um início de sessão marcado pela cautela antes da divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos referente a setembro.
O viés de baixa adotado nesta manhã era determinado pela perda de força do dólar ante o real e recuo dos juros dos Treasuries. A queda da confiança da indústria em outubro contribuía para o movimento.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,9% neste mês, para 97,1 pontos, em relação ao resultado final de setembro (98,0 pontos), de acordo com prévia divulgada hoje pela FGV. A pontuação é a menor desde julho de 2009 (95,7 pontos). Segundo a fundação, "caso se confirme, esta seria a quinta queda consecutiva". O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria recuou para 84,1%, de 84,2%, na mesma comparação.
A arrecadação de impostos e contribuições federais em setembro, apresentada pela Receita Federal, foi analisada, mas não mexeu com os negócios com juros futuros. Segundo a Receita, o montante arrecadado atingiu R$ 84,21 bilhões no mês passado - recorde para meses de setembro. O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções (R$ 84,80 bilhões).
O destaque do dia entre indicadores econômicos, no entanto, fica com os EUA. Às 10h30, saem o número de postos de trabalho criados em setembro e a taxa de desemprego no mesmo mês.
Os resultados tendem a trazer de volta às discussões sobre o início da retirada de estímulos monetários pelo Federal Reserve. Uma surpresa positiva realimenta apostas de começo do desmonte do programa ainda este ano. Porém, a divulgação do resultado de emprego está 18 dias atrasada, devido à paralisação do governo, e não captou possíveis impactos desse "fechamento" - impactos que postergariam a diminuição da injeção de recursos pelo Fed. A conferir a reação no câmbio e, na esteira, nos juros futuros.