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Juros futuros acompanham dólar e terminam em queda

As taxas futuras de juros acompanharam de perto o movimento do dólar e terminaram em queda, sobretudo nos vencimentos de longo prazo

De forma geral, o cenário é de cautela. Os investidores querem saber a visão do BC sobre o quadro atual, de inflação baixa, atividade fraca e dólar em patamar elevado (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 17h00.

São Paulo - Com os investidores à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na próxima quinta-feira, 18, e sem dados domésticos relevantes, as taxas futuras de juros acompanharam de perto o movimento do dólar e terminaram em queda, sobretudo nos vencimentos de longo prazo.

Com indicadores chineses em linha com o esperado, o dólar bem como os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) caíram em reação ao resultado abaixo do previsto das vendas varejistas dos EUA. Na ata do Copom, o mercado espera que o Banco Central aprofunde a análise em relação ao câmbio e a seus impactos sobre a inflação.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta segunda-feira, 15, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (63.800 contratos) estava em 8,42%, de 8,43% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (119.805 contratos) marcava 8,77%, ante 8,80% na véspera. O vencimento para janeiro de 2015 (161.255 contratos) indicava taxa de 9,55%, ante 9,62%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (115.300 contratos) apontava mínima de 10,60%, de 10,83%. O DI para janeiro de 2021 (4.990 contratos) estava em 11,00%, também na mínima, de 11,23% no ajuste anterior.

"O dólar passa por uma realização e puxa para baixo os juros futuros. Os dados em linha da China afastaram um pouco os temores de hard landing. E as vendas do varejo nos EUA abaixo do esperado favoreceram esse movimento do dólar", afirmou um profissional da área de renda fixa. O dólar à vista no balcão terminou com baixa de 1,68%, a R$ 2,2290.

De forma geral, no entanto, o cenário é de cautela. Os investidores querem saber a visão do BC sobre o quadro atual, de inflação baixa, atividade fraca e dólar em patamar elevado. Enquanto isso, o mercado acompanhará os depoimentos do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, na Câmara (quarta-feira, 17) e no Senado (quinta-feira, 18). Além disso, na quarta-feira, o Fed divulga o Livro Bege, com condições econômicas nos distritos.

Internamente, na pesquisa semanal Focus, os analistas mantiveram a projeções de que a Selic terminará o ano em 9,25%. Para 2014, no entanto, a estimativa foi elevada de 9,25% para 9,50%. As projeções para a inflação foram mantidas para 2014 (5,9%) e em leve recuo para este ano (5,81% para 5,80%). O PIB esperado para 2013 teve nova queda, de 2,34% para 2,31%. Para 2014, os economistas mantiveram a projeção de expansão do PIB em 2,80%.

No exterior, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China também contribuíram para acalmar os investidores. A economia chinesa cresceu 7,5% no segundo trimestre em comparação com mesmo período do ano passado, em linha com o esperado. Nos EUA, por outro lado, o número fraco de vendas no varejo, que subiu 0,4% em junho, abaixo da estimativa de alta de 0,8%, determinou o recuo do dólar. Vale destacar que o membro da diretoria do Fed, Daniel Tarullo, afirmou mais cedo que a política do banco central dos EUA permanecerá acomodatícia.

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São Paulo - Com os investidores à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na próxima quinta-feira, 18, e sem dados domésticos relevantes, as taxas futuras de juros acompanharam de perto o movimento do dólar e terminaram em queda, sobretudo nos vencimentos de longo prazo.

Com indicadores chineses em linha com o esperado, o dólar bem como os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) caíram em reação ao resultado abaixo do previsto das vendas varejistas dos EUA. Na ata do Copom, o mercado espera que o Banco Central aprofunde a análise em relação ao câmbio e a seus impactos sobre a inflação.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta segunda-feira, 15, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (63.800 contratos) estava em 8,42%, de 8,43% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (119.805 contratos) marcava 8,77%, ante 8,80% na véspera. O vencimento para janeiro de 2015 (161.255 contratos) indicava taxa de 9,55%, ante 9,62%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (115.300 contratos) apontava mínima de 10,60%, de 10,83%. O DI para janeiro de 2021 (4.990 contratos) estava em 11,00%, também na mínima, de 11,23% no ajuste anterior.

"O dólar passa por uma realização e puxa para baixo os juros futuros. Os dados em linha da China afastaram um pouco os temores de hard landing. E as vendas do varejo nos EUA abaixo do esperado favoreceram esse movimento do dólar", afirmou um profissional da área de renda fixa. O dólar à vista no balcão terminou com baixa de 1,68%, a R$ 2,2290.

De forma geral, no entanto, o cenário é de cautela. Os investidores querem saber a visão do BC sobre o quadro atual, de inflação baixa, atividade fraca e dólar em patamar elevado. Enquanto isso, o mercado acompanhará os depoimentos do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, na Câmara (quarta-feira, 17) e no Senado (quinta-feira, 18). Além disso, na quarta-feira, o Fed divulga o Livro Bege, com condições econômicas nos distritos.

Internamente, na pesquisa semanal Focus, os analistas mantiveram a projeções de que a Selic terminará o ano em 9,25%. Para 2014, no entanto, a estimativa foi elevada de 9,25% para 9,50%. As projeções para a inflação foram mantidas para 2014 (5,9%) e em leve recuo para este ano (5,81% para 5,80%). O PIB esperado para 2013 teve nova queda, de 2,34% para 2,31%. Para 2014, os economistas mantiveram a projeção de expansão do PIB em 2,80%.

No exterior, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China também contribuíram para acalmar os investidores. A economia chinesa cresceu 7,5% no segundo trimestre em comparação com mesmo período do ano passado, em linha com o esperado. Nos EUA, por outro lado, o número fraco de vendas no varejo, que subiu 0,4% em junho, abaixo da estimativa de alta de 0,8%, determinou o recuo do dólar. Vale destacar que o membro da diretoria do Fed, Daniel Tarullo, afirmou mais cedo que a política do banco central dos EUA permanecerá acomodatícia.

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