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Juros ficam quase estáveis em meio à cautela com Fed

Segundo operadores, a cautela antes da reunião do banco central norte-americano travou os negócios ao longo da semana, que teve giro baixo e oscilações contidas


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.560 contratos) marcava 9,28%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.560 contratos) marcava 9,28% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 17h12.

São Paulo - Em mais um dia de liquidez reduzida no mercado de juros, as taxas futuras terminaram outra vez perto da estabilidade nesta sexta-feira, 13.

Segundo operadores, a cautela antes da reunião do banco central norte-americano (Federal Reserve), nas próximas terça e quarta-feira, 17 e 18, travou os negócios ao longo da semana, que teve giro baixo e oscilações contidas.

Nesta manhã, o resultado do IBC-Br de julho melhor do que o esperado reforçou as apostas de que o Banco Central (BC) elevará a Selic mais duas vezes, em 0,50 ponto porcentual cada.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.560 contratos) marcava 9,28%, de 9,29% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (175.835 contratos) indicava taxa de 10,46%, de 10,49% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (112.020 contratos) apontava 11,69%, de 11,72%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.645 contratos) estava em 12,10%, de 12,12%.

Logo cedo saiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que caiu 0,33% em julho ante junho, após alta de 1,03% em junho ante maio (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções era de queda de 0,60%.

No período de maio a julho ante fevereiro a abril o indicador ficou estável. Isso e os números do varejo divulgados na quinta, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deram força à percepção de que a desaceleração da atividade no terceiro trimestre pode ser menos intensa do que se antecipava.


Apesar do cenário em tese não resultar no efeito desinflacionário que se esperava com a atividade mais fraca, os investidores estão convictos de que o BC não está disposto a ir muito além no aperto monetário, uma vez que, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária o BC citou neutralidade quanto à política fiscal.

A partir disso, o mercado depreendeu que a autoridade monetária conta com o resultado primário para não continuar elevando a taxa básica em 2014.

"O mercado está se movendo pouco. Em primeiro lugar, os investidores estão convictos de que o aperto monetário acaba neste ano. E há ainda o fator externo, com a cautela antes da reunião do Federal Reserve", afirmou um operador. "Caso a redução dos estímulos seja iniciada, podemos ter movimentos mais intensos, a depender da magnitude do movimento", continuou.

Alguns indicadores nos EUA voltaram a colocar em dúvida a possibilidade de redução das compras de ativos pelo Fed. A confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan caiu para 76,8 em setembro, de 82,1 em agosto e ante previsão de 81,8. Assim, o juro do T-note de 10 anos cedia para 2,895% às 16h30, de 2,905% no fim da tarde da véspera.

O dólar, nesse ambiente, oscilou em margens estreitas, mas com alguma volatilidade. No fim, a moeda à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,2810, com alta de 0,35%.

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