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Juros ficam de lado com índice fraco da indústria

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava em 7,60%, de 7,61% no ajuste

Pregão da Bovespa: a taxa do DI para janeiro de 2021 (1.875 contratos) estava em 9,92% (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 17h01.

São Paulo - A queda além do esperado da produção industrial brasileira em maio, de 0,9% ante abril, ameaçou tirar prêmios das taxas futuras de juros, incluindo as curtas que, nos últimos dias, têm oscilado muito pouco. No entanto, o avanço consistente dos ativos de risco e das commodities no exterior acabou anulando o recuo das taxas, que voltaram para perto do ajuste anterior em todos os vencimentos. Nada disso, porém, alterou a visão dos investidores em juros de que o Banco Central promoverá mais dois cortes de 0,5 ponto porcentual na Selic.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (92.725 contratos) estava em 7,60%, de 7,61% no ajuste. O movimento de ontem e de hoje está bem abaixo do normal para este vencimento, o que mostra a pouca disposição dos investidores para jogar suas fichas em qualquer outra coisa que não seja em uma Selic a 7,5% no fim da reunião de agosto do Copom.

O DI janeiro de 2014 (243.380 contratos) indicava 7,82%, de 7,84% na véspera. Entre os longos, a oscilação foi bem maior. É que o dado da produção industrial, inicialmente, gerou forte recuo das taxas. No fim, o juro projetado pelo contrato de DI para janeiro de 2017 (62.985 contratos) era de 9,26%, de uma mínima de 9,15% e de 9,24% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2021 (1.875 contratos) estava em 9,92%, idêntico ao ajuste anterior e ante mínima de 9,80% mais cedo.

No comparativo anual, a produção da indústria recuou 4,3%. Trata-se do nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e do pior valor desde setembro de 2009, quando a queda foi de 7,6%. E boa parte da fraqueza industrial no quinto mês do ano veio do segmento de bens de capital, que cedeu 1,8% ante abril.


Segundo o próprio IBGE, responsável pela elaboração do dado, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo ainda não foi sentida na produção industrial de maio. O gerente da Coordenação da Indústria do Instituto, André Macedo, lembrou que o nível de estoques do setor continua grande. O setor automotivo representa 10% do total da produção industrial. Mas as vendas totais de veículos em junho cresceram 16,06% em relação ao mesmo mês de 2011, segundo informou nesta terça-feira a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Esse dado, segundo analistas, indica que as concessionárias já estão ajustando seus estoques e que, em breve, a produção de veículos também poderá sentir algum efeito positivo, ainda que em menor intensidade.

Lá fora, a esperança sobre anúncio de medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu e pelo Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira, ganharam ainda mais tração hoje e geraram nova onda de apetite por risco. E tais expectativas vieram acompanhadas de um aumento de 0,7% nas encomendas à indústria norte-americana em maio, muito acima da alta esperada de 0,1%, e do forte avanço do petróleo devido a tensões no Irã.

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São Paulo - A queda além do esperado da produção industrial brasileira em maio, de 0,9% ante abril, ameaçou tirar prêmios das taxas futuras de juros, incluindo as curtas que, nos últimos dias, têm oscilado muito pouco. No entanto, o avanço consistente dos ativos de risco e das commodities no exterior acabou anulando o recuo das taxas, que voltaram para perto do ajuste anterior em todos os vencimentos. Nada disso, porém, alterou a visão dos investidores em juros de que o Banco Central promoverá mais dois cortes de 0,5 ponto porcentual na Selic.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (92.725 contratos) estava em 7,60%, de 7,61% no ajuste. O movimento de ontem e de hoje está bem abaixo do normal para este vencimento, o que mostra a pouca disposição dos investidores para jogar suas fichas em qualquer outra coisa que não seja em uma Selic a 7,5% no fim da reunião de agosto do Copom.

O DI janeiro de 2014 (243.380 contratos) indicava 7,82%, de 7,84% na véspera. Entre os longos, a oscilação foi bem maior. É que o dado da produção industrial, inicialmente, gerou forte recuo das taxas. No fim, o juro projetado pelo contrato de DI para janeiro de 2017 (62.985 contratos) era de 9,26%, de uma mínima de 9,15% e de 9,24% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2021 (1.875 contratos) estava em 9,92%, idêntico ao ajuste anterior e ante mínima de 9,80% mais cedo.

No comparativo anual, a produção da indústria recuou 4,3%. Trata-se do nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e do pior valor desde setembro de 2009, quando a queda foi de 7,6%. E boa parte da fraqueza industrial no quinto mês do ano veio do segmento de bens de capital, que cedeu 1,8% ante abril.


Segundo o próprio IBGE, responsável pela elaboração do dado, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo ainda não foi sentida na produção industrial de maio. O gerente da Coordenação da Indústria do Instituto, André Macedo, lembrou que o nível de estoques do setor continua grande. O setor automotivo representa 10% do total da produção industrial. Mas as vendas totais de veículos em junho cresceram 16,06% em relação ao mesmo mês de 2011, segundo informou nesta terça-feira a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Esse dado, segundo analistas, indica que as concessionárias já estão ajustando seus estoques e que, em breve, a produção de veículos também poderá sentir algum efeito positivo, ainda que em menor intensidade.

Lá fora, a esperança sobre anúncio de medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu e pelo Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira, ganharam ainda mais tração hoje e geraram nova onda de apetite por risco. E tais expectativas vieram acompanhadas de um aumento de 0,7% nas encomendas à indústria norte-americana em maio, muito acima da alta esperada de 0,1%, e do forte avanço do petróleo devido a tensões no Irã.

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