DI tem maior alta em quase 3 anos com ata e dados nos EUA
Os negócios com os contratos futuros sinalizam que a taxa Selic poderá cair em mais 75 pontos-base
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 11h45.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros disparam com o mercado apostando em queda menos intensa da taxa básica após o Banco Central afirmar que a taxa básica deverá estabilizar acima de sua mínima histórica e depois de dados econômicos nos Estados Unidos superarem as estimativas.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 26 pontos-base, para 8,93 por cento, às 10:54, na maior alta intradiária desde maio de 2009. Os negócios com os contratos futuros sinalizam que a taxa Selic poderá cair em mais 75 pontos-base, ante uma queda adicional entre 100 e 125 pontos projetada pelos contratos ontem. O dólar cai diante do real, devolvendo parte da alta de ontem.
“Considerando os valores projetados para a inflação e o balanço de riscos associado, o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando,” disse o BC segundo a ata do Comitê de Política Monetária, que explica a redução da taxa básica em 0,75 ponto percentual na reunião da semana passada. A mínima histórica da Selic foi de 8,75 por cento em 2009, quando Henrique Meirelles comandava o BC.
A ata sinaliza que a taxa básica pode cair para um patamar de 9 por cento ou 9,25 por cento neste ano, disse hoje a economista-chefe do BNY Mellon Arx Investimentos, Solange Srour.
“A expectativa do Banco Central por enquanto é manter essa taxa por um tempo prolongado,” até o final do ano, disse Solange por telefone do Rio de Janeiro. “No início do ano que vem, ele vai ter que voltar a subir o juro. O mercado vai até precificar isso antes do final do ano” disse ela, que citou a aceleração da inflação e da economia como fatores para uma mudança de política.
Indicadores nos EUA
Os juros futuros sobem com a ata do Copom e também depois de os indicadores de atividade e emprego sinalizarem maior crescimento dos EUA, o que poderia reduzir o espaço para um corte mais acentuado da Selic, disse Felipe Brandão, analista de mercados emergentes da ICAP do Brasil CTVM, em entrevista por telefone de São Paulo. “Um cenário externo mais positivo reforça a ideia de que não teremos muito corte de juros.”
O Índice Geral de Preços - 10 acelerou mais do que o esperado em março para 0,27 por cento, ante 0,04 por cento em fevereiro. Mediana das estimativas em pesquisa Bloomberg apontava alta de 0,25 por cento.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros disparam com o mercado apostando em queda menos intensa da taxa básica após o Banco Central afirmar que a taxa básica deverá estabilizar acima de sua mínima histórica e depois de dados econômicos nos Estados Unidos superarem as estimativas.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 26 pontos-base, para 8,93 por cento, às 10:54, na maior alta intradiária desde maio de 2009. Os negócios com os contratos futuros sinalizam que a taxa Selic poderá cair em mais 75 pontos-base, ante uma queda adicional entre 100 e 125 pontos projetada pelos contratos ontem. O dólar cai diante do real, devolvendo parte da alta de ontem.
“Considerando os valores projetados para a inflação e o balanço de riscos associado, o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando,” disse o BC segundo a ata do Comitê de Política Monetária, que explica a redução da taxa básica em 0,75 ponto percentual na reunião da semana passada. A mínima histórica da Selic foi de 8,75 por cento em 2009, quando Henrique Meirelles comandava o BC.
A ata sinaliza que a taxa básica pode cair para um patamar de 9 por cento ou 9,25 por cento neste ano, disse hoje a economista-chefe do BNY Mellon Arx Investimentos, Solange Srour.
“A expectativa do Banco Central por enquanto é manter essa taxa por um tempo prolongado,” até o final do ano, disse Solange por telefone do Rio de Janeiro. “No início do ano que vem, ele vai ter que voltar a subir o juro. O mercado vai até precificar isso antes do final do ano” disse ela, que citou a aceleração da inflação e da economia como fatores para uma mudança de política.
Indicadores nos EUA
Os juros futuros sobem com a ata do Copom e também depois de os indicadores de atividade e emprego sinalizarem maior crescimento dos EUA, o que poderia reduzir o espaço para um corte mais acentuado da Selic, disse Felipe Brandão, analista de mercados emergentes da ICAP do Brasil CTVM, em entrevista por telefone de São Paulo. “Um cenário externo mais positivo reforça a ideia de que não teremos muito corte de juros.”
O Índice Geral de Preços - 10 acelerou mais do que o esperado em março para 0,27 por cento, ante 0,04 por cento em fevereiro. Mediana das estimativas em pesquisa Bloomberg apontava alta de 0,25 por cento.