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Juros abrem em leve alta com dados de inflação

Mercado futuro de juros iniciou o dia em leve alta, em reação à divulgação de indicadores de inflação acima das medianas das estimativas do mercado financeiro

Mercado futuro de juros iniciou a quarta-feira em leve alta, em reação à divulgação de indicadores de inflação acima das medianas das estimativas do mercado financeiro (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 10h25.

São Paulo - O mercado futuro de juros iniciou a quarta-feira em leve alta, em reação à divulgação de indicadores de inflação acima das medianas das estimativas do mercado financeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,69% em dezembro, superando a mediana de 0,65%. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), por sua vez, avançou 0,69% na segunda prévia deste mês (mediana de 0,63%). O otimismo no exterior com o avanço das negociações para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos também sustenta a alta das taxas futuras.

O economista-chefe da Planner Investimentos, Eduardo Velho, ressalta que "a segunda prévia do IGP-M veio elevada, inclusive com aceleração do IPC-M". O IGP-M voltou para o campo da inflação, depois de registrar deflação de 0,16% em igual leitura do mês passado. Dentro do IGP-M, o IPC-M teve variação de 0,69% na segunda quadrissemana de dezembro.

A inflação medida pelo IPCA-15 em dezembro, por sua vez, acelerou na comparação com o período imediatamente anterior. Em novembro, o indicador teve alta de 0,54%. Em 2012, o IPCA-15 acumulou alta de 5,78%

Velho acrescenta que, no exterior, há condicionantes que favorecem um viés de "otimismo moderado". Ele se refere aos avanços nas discussões para evitar o abismo fiscal dos EUA, com chance de um acordo até o fim deste ano.

O presidente da Câmara norte-americana, John Boehner, segue disposto a discutir condições amplas com o presidente Barack Obama. Na terça-feira (18), Obama indicou aceitar uma elevação dos impostos para os norte-americanos que ganham mais de US$ 400 mil por ano, recuando em relação à proposta tradicional (para quem ganha mais de US$ 250 mil), mas ainda longe do US$ 1 milhão pretendido pelos republicanos. As concessões feitas pelas duas partes sustentavam nesta manhã a alta dos índices futuros das Bolsas de Nova York e das principais bolsas da Europa.

Às 9h58, o contrato futuro de juro com vencimento em janeiro de 2014 tinha taxa de 7,08%, nivelado ao ajuste de terça-feira (18). O DI para janeiro de 2015 marcava 7,68%, ante 7,65% da véspera. O contrato para janeiro de 2017 projetava 8,50%, ante 8,48% no ajuste anterior.

O mercado futuro de juros também aguarda a divulgação da nota de crédito e política monetária referente ao mês passado pelo Banco Central (10h30) e dos dados sobre o emprego formal no País em novembro (14h30). As estimativas para os números do Ministério do Trabalho e Emprego vão desde geração de 7 mil vagas a 44.875 postos de trabalho (mediana de 21,5 mil).

Entre os eventos do dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, toma café da manhã de confraternização com jornalistas. Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, Mantega pode anunciar ainda nesta quarta-feira a prorrogação da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que vence no dia 31 deste mês. O governo também deve renovar a redução do IPI para produtos da linha branca.

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O economista-chefe da Planner Investimentos, Eduardo Velho, ressalta que "a segunda prévia do IGP-M veio elevada, inclusive com aceleração do IPC-M". O IGP-M voltou para o campo da inflação, depois de registrar deflação de 0,16% em igual leitura do mês passado. Dentro do IGP-M, o IPC-M teve variação de 0,69% na segunda quadrissemana de dezembro.

A inflação medida pelo IPCA-15 em dezembro, por sua vez, acelerou na comparação com o período imediatamente anterior. Em novembro, o indicador teve alta de 0,54%. Em 2012, o IPCA-15 acumulou alta de 5,78%

Velho acrescenta que, no exterior, há condicionantes que favorecem um viés de "otimismo moderado". Ele se refere aos avanços nas discussões para evitar o abismo fiscal dos EUA, com chance de um acordo até o fim deste ano.

O presidente da Câmara norte-americana, John Boehner, segue disposto a discutir condições amplas com o presidente Barack Obama. Na terça-feira (18), Obama indicou aceitar uma elevação dos impostos para os norte-americanos que ganham mais de US$ 400 mil por ano, recuando em relação à proposta tradicional (para quem ganha mais de US$ 250 mil), mas ainda longe do US$ 1 milhão pretendido pelos republicanos. As concessões feitas pelas duas partes sustentavam nesta manhã a alta dos índices futuros das Bolsas de Nova York e das principais bolsas da Europa.

Às 9h58, o contrato futuro de juro com vencimento em janeiro de 2014 tinha taxa de 7,08%, nivelado ao ajuste de terça-feira (18). O DI para janeiro de 2015 marcava 7,68%, ante 7,65% da véspera. O contrato para janeiro de 2017 projetava 8,50%, ante 8,48% no ajuste anterior.

O mercado futuro de juros também aguarda a divulgação da nota de crédito e política monetária referente ao mês passado pelo Banco Central (10h30) e dos dados sobre o emprego formal no País em novembro (14h30). As estimativas para os números do Ministério do Trabalho e Emprego vão desde geração de 7 mil vagas a 44.875 postos de trabalho (mediana de 21,5 mil).

Entre os eventos do dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, toma café da manhã de confraternização com jornalistas. Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, Mantega pode anunciar ainda nesta quarta-feira a prorrogação da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que vence no dia 31 deste mês. O governo também deve renovar a redução do IPI para produtos da linha branca.

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