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Juro tem dia de alta ainda em reação a presidente do BC

O que mudou percepção dos agentes foi Tombini ter dito que agirá, se necessário, "tempestivamente", para levar a inflação a um patamar mais baixo em 2013 e 2014


	Operador destacou que palavras de Tombini soaram mais "hawkish", mas afirmou que alguns investidores não querem elevar muito as apostas antes de ouvir diretor de Política Econômica do BC
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Operador destacou que palavras de Tombini soaram mais "hawkish", mas afirmou que alguns investidores não querem elevar muito as apostas antes de ouvir diretor de Política Econômica do BC (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 17h04.

São Paulo - As taxas futuras de juros experimentaram nesta sexta-feira mais um dia de alta, ainda em reação às palavras de ontem do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e também por causa de um novo pregão de valorização do dólar ante o real.

O movimento dos juros, que se estende desde a tarde de quinta-feira, 16, resultou em apostas majoritárias para uma alta de 0,5 ponto porcentual da Selic no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), bem como elevou as possibilidades de o aperto ser superior ao 1 ponto porcentual precificado anteriormente.

O que mudou a percepção dos agentes foi o fato de Tombini ter dito que agirá, se necessário, "tempestivamente", para levar a inflação a um patamar mais baixo em 2013 e 2014.

No fim da tarde, o comportamento de alta das taxas mais curtas perdeu um pouco de fôlego, com alguns investidores revertendo um pouco as posições, afirmou um operador. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (976.515 contratos) marcava 7,52%, de 7,51% no ajuste.

O DI com vencimento em janeiro de 2014 (com expressivos 1.107.040 contratos) apontava 8,10%, de 8,06% na quinta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (472.935 contratos) indicava 8,52%, de 8,47% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (197.665 contratos) marcava 9,12%, ante 9,09% na quinta, e o DI para janeiro de 2021 (8.810 contratos) estava em 9,73%, de 9,72% no ajuste anterior.

Ontem, na abertura do Seminário de Metas de Inflação, no Rio, Tombini disse que "o Banco Central está vigilante e fará o que for necessário, com a devida tempestividade, para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e para assegurar que essa tendência persista no próximo ano." O operador citado destacou que as palavras soaram mais "hawkish", mas afirmou que alguns investidores não querem elevar muito as apostas antes de ouvir o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, que encerrará o evento sobre metas de inflação às 17h20.

Nesta sexta-feira, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,21% na segunda quadrissemana de maio, recuo em ante a primeira leitura do mês (0,31%), de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e abaixo do intervalo das previsões (0,32%).

Há, por outro lado, novas pressões à vista. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta sexta que as tarifas de metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) sobem no dia 1.º. O prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), disse que o preço do bilhete de ônibus também deve subir nesse dia. A valorização do dólar ante outras moedas, incluindo o real, também ajudou na alta dos juros futuros. O dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,0380 (+0,39%). A moeda dos Estados Unidos reage aos dados melhores do que o esperado no país.

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