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Juro fecha perto do ajuste em meio a dados divergentes

A economista do Banco ABC Brasil Mariana Hauer disse que o mercado de trabalho seguirá pressionando a inflação

Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (223.325 contratos) marcava 7,53%, igual ao ajuste anterior (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 17h05.

São Paulo - Num dia de notícias divergentes, com dados ruins na China e positivos no Estados Unidos, além de inflação mais salgada e desemprego em leve alta no Brasil, as taxas futuras de juros de curto prazo terminaram nesta quinta-feira muito perto dos ajustes anteriores, sem que os investidores quisessem se arriscar mais em relação às apostas para os próximos passos do Banco Central (BC). Enquanto isso, as taxas longas seguiram em alta durante a maior parte da sessão, uma vez que os indicadores dos EUA acima das expectativas reforçam a percepção de que a redução de estímulos à economia do país pode não demorar tanto a ocorrer.

Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (223.325 contratos) marcava 7,53%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (255.360 contratos) apontava 8,11%, de 8,13% nesta quarta-feira, 22. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (450.410 contratos) indicava 8,55%, também idêntico ao da véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (352.390 contratos) marcava máxima de 9,30%, ante 9,27% nesta quarta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (26.575 contratos) estava em 9,98%, de 9,93% no ajuste anterior.

"A aversão ao risco com os dados da China e com a possibilidade de redução de estímulos nos EUA fizeram as taxas curtas abrirem em queda. Mas o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) um pouco acima do previsto acabou recolocando os juros curtos perto do ajuste", afirmou um profissional da área de renda fixa.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S ficou em 0,40% na terceira quadrissemana de maio, acima do registrado na segunda leitura de maio (0,38%). Em paralelo, apesar do discreto aumento da taxa de desemprego entre março e abril, de 5,7% para 5,8%, o indicador ficou no menor patamar da série histórica para o quarto mês do ano. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a economista do Banco ABC Brasil Mariana Hauer disse que o mercado de trabalho seguirá pressionando a inflação.

No exterior, os investidores começaram o dia reagindo negativamente a um dado chinês. O resultado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria da China, medido pelo HSBC, ficou em 49,6 em maio, nível mais baixo em sete meses. Mas alguns indicadores positivos dos EUA reverteram parte do pessimismo, ainda que possam reforçar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), Ben Bernanke, sobre a possibilidade de reduzir estímulos.

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São Paulo - Num dia de notícias divergentes, com dados ruins na China e positivos no Estados Unidos, além de inflação mais salgada e desemprego em leve alta no Brasil, as taxas futuras de juros de curto prazo terminaram nesta quinta-feira muito perto dos ajustes anteriores, sem que os investidores quisessem se arriscar mais em relação às apostas para os próximos passos do Banco Central (BC). Enquanto isso, as taxas longas seguiram em alta durante a maior parte da sessão, uma vez que os indicadores dos EUA acima das expectativas reforçam a percepção de que a redução de estímulos à economia do país pode não demorar tanto a ocorrer.

Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (223.325 contratos) marcava 7,53%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (255.360 contratos) apontava 8,11%, de 8,13% nesta quarta-feira, 22. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (450.410 contratos) indicava 8,55%, também idêntico ao da véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (352.390 contratos) marcava máxima de 9,30%, ante 9,27% nesta quarta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (26.575 contratos) estava em 9,98%, de 9,93% no ajuste anterior.

"A aversão ao risco com os dados da China e com a possibilidade de redução de estímulos nos EUA fizeram as taxas curtas abrirem em queda. Mas o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) um pouco acima do previsto acabou recolocando os juros curtos perto do ajuste", afirmou um profissional da área de renda fixa.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S ficou em 0,40% na terceira quadrissemana de maio, acima do registrado na segunda leitura de maio (0,38%). Em paralelo, apesar do discreto aumento da taxa de desemprego entre março e abril, de 5,7% para 5,8%, o indicador ficou no menor patamar da série histórica para o quarto mês do ano. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a economista do Banco ABC Brasil Mariana Hauer disse que o mercado de trabalho seguirá pressionando a inflação.

No exterior, os investidores começaram o dia reagindo negativamente a um dado chinês. O resultado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria da China, medido pelo HSBC, ficou em 49,6 em maio, nível mais baixo em sete meses. Mas alguns indicadores positivos dos EUA reverteram parte do pessimismo, ainda que possam reforçar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), Ben Bernanke, sobre a possibilidade de reduzir estímulos.

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