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JURO-Ata não crava alta da Selic e DIs operam mistos

Por Vanessa Stelzer SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - As projeções de juros operavam sem tendência comum nesta quinta-feira, com o mercado sem consenso após a ata do Copom, já que o documento trouxe tanto alertas contra a inflação como lembrentes de que o Banco Central já começou a agir contra esse movimento ao […]

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 09h28.

Por Vanessa Stelzer

SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - As projeções de juros
operavam sem tendência comum nesta quinta-feira, com o mercado
sem consenso após a ata do Copom, já que o documento trouxe
tanto alertas contra a inflação como lembrentes de que o Banco
Central já começou a agir contra esse movimento ao anunciar
medidas de aperto monetário neste mês.

Às 10h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)
janeiro de 2012 projetava 11,83 por cento, contra
11,87 por cento no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2013 estava em 12,35 contra 12,33
por cento.

A queda de parte dos contratos se deve, segundo analistas,
à parte da ata que diz que "a depender das circunstâncias,
ações macroprudenciais podem preceder ações convencionais de
política monetária". Essas medidas incluíram o aumento do
depósito compulsório e encarecimento do crédito de longo prazo
a pessoa física.

"A ata diminui a possibilidade de um aumento do juro em
janeiro, por conta dessa frase: perdeu um pouco de peso a
medida de alta de juro (agora), porque já tomou uma medida",
disse Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin,
que, no entanto, mantém, ao menos por ora, seu cenário de alta
da Selic no mês que vem.

Logo após a abertura, no entanto, a queda dos contratos foi
amenizada, para depois ser novamente retomada, já que apesar
dessa leitura inicial explicada por Neto, há outros pontos da
ata que contrabalançam isso e, portanto, não houve consenso no
mercado após a leitura do documento sobre se ele afasta ou
aproxima uma alta do juro.

A ata "faz essa menção da piora do cenário. Mas ao mesmo
tempo, ele fala que já fez algumas coisas sobre isso, como as
medidas. Se as incertezas continuarem ou se ele não conseguir
ver direito os efeitos das medidas (macroprudenciais), ele pode
esperar um pouco mais para elevar juro", disse Flávio Serrano,
economista sênior do Espírito Santo Investment Bank.

"Nossa projeção é de alta (de juro) em janeiro, não vamos
mudar. Da mesma forma que alguém que estiver com projeção para
março não deve mudar. Tem pontos na ata que ressaltam um
aspecto (piora do cenário) e pontos que ressaltam as medidas já
tomadas. Temos que avaliar os próximos dados."

A agenda interna contou com dois dados de inflação, mas
eles ficaram em segundo plano após a divulgação da ata.

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 1,27 por cento
em dezembro, após alta de 1,16 por cento em novembro
[ID:nN16195633]. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal
(IPC-S) avançou 1,06 por cento na segunda prévia de dezembro,
após alta de 1,14 por cento na primeira [ID:nN16196425].

(Edição de Nathália Ferreira)

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