Jamie Dimon, “o último homem em pé”: graças a seu conservadorismo, o JPMorgan Chase saiu da crise de 2008 mais forte do que entrou (Mark Wilson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2012 às 16h47.
São Paulo — O jornal americano The New York Times não poupou críticas neste sábado ao banco americano JPMorgan Chase, que nesta na quinta-feira anunciou ter perdido US$ 2 bilhões em operações financeiras.
“Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, consegue ser muito claro quando critica a reforma financeira. Mas em conferência telefônica de emergência com analistas para anunciar a chocante perda de US$ 2 bilhões, na quinta-feira, sua mensagem foi frustrantemente vaga”, diz o editorial.
O texto saiu na edição de hoje do jornal e foi reproduzido no site da publicação. A perda do banco foi causada por um operador baseado no Reino Unido conhecido como London Whale (baleia de Londres), que teria investido demais em ações que fundos hedge apostaram contra.
As explicações de Dimon levam a crer que o rombo ocorreu com o mesmo tipo de derivativos e operações que levaram à crise de 2008. Para o New York Times, portanto, a crise passada não foi suficiente para fazer o banco aprender.
“O que importa é que o JPMorgan, assim como outros grandes bancos, ainda praticam atividades que podem levar a perdas catastróficas. Se as autoridades não fortalecerem a reforma [das leis financeiras promulgadas depois da crise], só a sorte poderá impedir outro colapso”, diz o editorial.