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JP Morgan corta recomendação de ações brasileiras após escândalos

Às 10h21, Ibovespa atingiu queda de mais de 10 por cento e o circuit breaker foi acionado

JP Morgan informou que as incertezas decorrentes do escândalo devem levar os investidores a reduzir a exposição a ações sensíveis às taxas de juro e ao crescimento (Robyn Beck/AFP)
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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2017 às 10h40.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 11h02.

Milão - O JP Morgan cortou a recomendação para as ações brasileiras para neutra, dizendo que as reformas no país podem estar em risco após as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer em um escândalo de corrupção.

Na véspera, O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.

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"Ainda que a tendência positiva para crescente atividade econômica e taxas de juros mais baixas deva persistir, nós rebaixamos taticamente as ações brasileiras de overweight para neutra em meio à percepção de risco maior de execução para aprovação das reformas", escreveram estrategistas do JP Morgan liderados por Pedro Martins Junior em nota.

Às 10h21, Ibovespa atingiu queda de mais de 10 por cento e o circuit breaker foi acionado.

O JP Morgan informou que as incertezas decorrentes do escândalo devem levar os investidores a reduzir a exposição a ações sensíveis às taxas de juro e ao crescimento, bem como elevar o peso de ações fora do setor financeiro, de matérias-primas e papéis defensivos atrelados ao dólar.

No exterior, as ações de empresas europeias com exposição ao Brasil, incluindo o grupo varejista francês Casino e as operadoras Telefónica e Telecom Italia, caíam acentuadamente nesta quinta-feira, reagindo às denúncias.

Nos Estados Unidos, o principal índice ETF tinha baixa de mais de 16 por cento no pré-mercado norte-americano.

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