Mercados

Japão traz alguma trégua, mas Oriente Médio preocupa

A cotação do barril transacionado nas operações eletrônicas em Nova York avançava 2,1 por cento

As forças líbias anunciaram um cessar-fogo, mas autoridades norte-americanas disseram não acreditar e novos ataques ocorreram (Getty Images)

As forças líbias anunciaram um cessar-fogo, mas autoridades norte-americanas disseram não acreditar e novos ataques ocorreram (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 08h21.

São Paulo - O petróleo retomou o viés ascendente nesta segunda-feira após ataques dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha contra tropas terrestres líbias no fim de semana, enquanto notícias sobre melhora no quadro da usina nuclear no Japão proporcionavam um otimismo ainda cauteloso com a situação, mas suficiente para ajudar na recuperação das principais praças acionárias internacionais.

A fim de implementar resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que autorizou o uso de força para proteger civis líbios dos ataques do governo, a coalizão realizou bombardeios aéreos no sábado no sul de Benghazi. As forças líbias anunciaram um cessar-fogo, mas autoridades norte-americanas disseram não acreditar e novos ataques ocorreram.

A tensão também permanecia em relação a outros países da região que registraram agitações no fim de semana, mantendo temores sobre o ritmo do fornecimento do petróleo. Dessa forma, a cotação do barril transacionado nas operações eletrônicas em Nova York avançava 2,1 por cento, a 103,19 dólares, às 7h30. Em Londres , o Brent valorizava-se 1,86 por cento, a 116,05 dólares.

No mercado acionários, contudo, a busca por barganhas e ajustes técnicos, além de eventos corporativos, proporcionavam um tom positivo aos negócios. Também ajudava a notícia de que o Japão reativou a energia de um reator nuclear com problemas no domingo. "Eu acho que a situação está melhorando pouco a pouco", disse o vice-secretário do Chefe de Gabinete, Tetsuro Fukuyama.

O índice MSCI para ações globais ganhava 0,68 por cento e para ações emergentes, 0,9 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 subia 1,54 por cento, também influenciado por notícias de fusões e aquisições no segmento de telecomunicações, que ainda ajudavam na alta de 15,90 pontos-- do contrato futuro do S&P 500 nos EUA.

O Nikkei encerrou a sessão com acréscimo de 2,72 por cento e o índice MSCI para ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 1,47 por cento. O índice da bolsa de Xangai fechou com elevação de apenas 0,08 por cento, com investidores também repercutindo o inesperado aumento do depósito compulsório dos bancos anunciado na sexta-feira, após o término das operações.

No segmento cambial, a cautela de que uma valorização expressiva do iene possa deflagar nova atuação conjunta de países do G7 mantinha o dólar apreciado a 81,28 ienes , ante 80,59 ienes na sexta-feira. O euro era transacionado a 1,4166 dólar, contra 1,4176 dólar na última sessão. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, caía 0,13 por cento.

A cena brasileira traz poucas divulgações nesta sessão além dos tradicionas números da pesquisa Focus e da balança comercial, após um fim de semana no qual a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, dominou o noticiário. Do lado corporativo, a PDG Realty apresenta seus resultados trimestrais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁfricaÁsiabolsas-de-valoresEnergiaJapãoLíbiaPaíses ricosPetróleoPreços

Mais de Mercados

Ibovespa abre em queda pressionado por índices de NY e inflação no Brasil acima do esperado

IA transforma tarefas em Wall Street, mas profissionais ainda estão céticos

Stellantis tem queda de 48% no lucro líquido do 1º semestre

Balanço da Vale (VALE3), IPCA-15 e PIB dos EUA: o que move o mercado

Mais na Exame