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IPOs podem firmar retomada do mercado de capitais, diz BofA

Segundo executivo do Bank of America Merrill Lynch, uma retomada das ofertas de ações pode ser o próximo passo da normalização do mercado de capitais

Bank of America: declaração vem após sete companhias do país terem acessado o mercado global de dívida nas últimas semanas (Davis Turner/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 20h14.

São Paulo - Uma retomada das ofertas de ações no segundo semestre pode ser o próximo passo da normalização do mercado brasileiro de capitais, após várias empresas do país terem emitido dívida no exterior, disse um executivo do Bank of America Merrill Lynch .

"O mercado de dívida corporativa já começou a voltar, o próximo passo pode ser as ofertas de ações", disse o chefe de banco de investimentos do BofA Merrill Lynch no país, Hans Lin, em entrevista a Reuters.

A declaração vem após sete companhias do país terem acessado o mercado global de dívida nas últimas semanas, pondo fim a um jejum de mais de seis meses diante do cenário de recessão interna, crise política e efeitos do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.

Itaú Unibanco, Votorantim Cimentos, BRF, Globo, Embraer e Oi, além da própria Petrobras, acessaram o mercado internacional de dívida desde o m6es passado, num sinal de que o nervosismo dos investidores em relação a ativos brasileiros diminuiu.

Além disso, na semana passada a Par Corretora movimentou cerca de 600 milhões de reais em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a primeira no país desde outubro de 2014.

Com necessidade de levantar recursos para melhorar as contas fiscais, o governo federal já anunciou intenção de abrir o capital de uma companhia que reunirá os investimentos da Caixa Econômica Federal em seguros.

A resseguradora IRB Brasil é outra que pode ser listada até o fim do ano, disse recentemente o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Executivos como Lin têm dito que essas companhias têm ativos excelentes.

O governo também já anunciou modelos para uma abertura de capital da Infraero, que reúne participação do governo na administração de aeroportos. Para o executivo do BofA Merrill Lynch, engrossar essa lista com outras companhias pode depender do desempenho dos próximos IPOs.

"É importante que o after-market seja bom para incentivar novos investidores a entrar em outras operações", disse Lin.

RANKING Apesar do cenário pouco inspirador pelo qual tem passado o mercado de capitais brasileiro nos últimos anos, com apenas dois IPOs em 18 meses, forte desaceleração no mercado de dívida e pouco brilho no segmento de fusões e aquisições, o executivo do BofA disse que o banco está determinado a ganhar força no país.

O Brasil é um dos cinco maiores mercados do BofA Merrill Lynch, ao lado da matriz norte-americana, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão. Segundo os rankings de mercado, a instituição está entre os cinco maiores bancos de investimento no Brasil.

"Nossa meta é estar entre os três maiores em três anos", disse Lin. "Os momentos difíceis são os melhores para ganhar market share", completou.

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São Paulo - Uma retomada das ofertas de ações no segundo semestre pode ser o próximo passo da normalização do mercado brasileiro de capitais, após várias empresas do país terem emitido dívida no exterior, disse um executivo do Bank of America Merrill Lynch .

"O mercado de dívida corporativa já começou a voltar, o próximo passo pode ser as ofertas de ações", disse o chefe de banco de investimentos do BofA Merrill Lynch no país, Hans Lin, em entrevista a Reuters.

A declaração vem após sete companhias do país terem acessado o mercado global de dívida nas últimas semanas, pondo fim a um jejum de mais de seis meses diante do cenário de recessão interna, crise política e efeitos do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.

Itaú Unibanco, Votorantim Cimentos, BRF, Globo, Embraer e Oi, além da própria Petrobras, acessaram o mercado internacional de dívida desde o m6es passado, num sinal de que o nervosismo dos investidores em relação a ativos brasileiros diminuiu.

Além disso, na semana passada a Par Corretora movimentou cerca de 600 milhões de reais em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a primeira no país desde outubro de 2014.

Com necessidade de levantar recursos para melhorar as contas fiscais, o governo federal já anunciou intenção de abrir o capital de uma companhia que reunirá os investimentos da Caixa Econômica Federal em seguros.

A resseguradora IRB Brasil é outra que pode ser listada até o fim do ano, disse recentemente o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Executivos como Lin têm dito que essas companhias têm ativos excelentes.

O governo também já anunciou modelos para uma abertura de capital da Infraero, que reúne participação do governo na administração de aeroportos. Para o executivo do BofA Merrill Lynch, engrossar essa lista com outras companhias pode depender do desempenho dos próximos IPOs.

"É importante que o after-market seja bom para incentivar novos investidores a entrar em outras operações", disse Lin.

RANKING Apesar do cenário pouco inspirador pelo qual tem passado o mercado de capitais brasileiro nos últimos anos, com apenas dois IPOs em 18 meses, forte desaceleração no mercado de dívida e pouco brilho no segmento de fusões e aquisições, o executivo do BofA disse que o banco está determinado a ganhar força no país.

O Brasil é um dos cinco maiores mercados do BofA Merrill Lynch, ao lado da matriz norte-americana, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão. Segundo os rankings de mercado, a instituição está entre os cinco maiores bancos de investimento no Brasil.

"Nossa meta é estar entre os três maiores em três anos", disse Lin. "Os momentos difíceis são os melhores para ganhar market share", completou.

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