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IPO do BTG Pactual poderá movimentar até R$ 4,1 bi

A instituição financeira oferecerá lote inicial de 90 milhões de units em oferta primária e secundária

A operação poderá ser acrescida de lotes suplementar e adicional de até 13,5 milhões e até 18 milhões de units (Germano Lüders/EXAME.com)

A operação poderá ser acrescida de lotes suplementar e adicional de até 13,5 milhões e até 18 milhões de units (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 11h28.

São Paulo - A aguardada oferta pública inicial de ações do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, poderá movimentar de 2,6 bilhões a 4,1 bilhões de reais.

O IPO (na sigla em inglês) é visto como um teste importante para o apetite de investidores locais e estrangeiros por ativos de risco no Brasil. A última estreia na bolsa paulista ocorreu em julho de 2011, quando a oferta da Abril Educação foi precificada abaixo do esperado pela companhia.

Segundo prospecto publicado em jornal nesta terça-feira, o BTG Pactual colocará inicialmente 90 milhões de units -sendo 72 milhões de títulos novos em oferta primária e 18 milhões de papéis existentes em operação secundária.

A operação poderá ser acrescida de lotes suplementar e adicional de até 13,5 milhões e até 18 milhões de units, respectivamente, se houver demanda.

O preço estimado por unit é de 28,75 a 33,75 reais.

O período de reserva vai de 11 a 23 de abril, e os pedidos de investimento no varejo podem ser de 3 mil a 300 mil reais. A precificação do valor por unit ocorrerá no próximo dia 24, com início da negociação na Bovespa em 26 de abril.

A oferta será realizada no Brasil e em Amsterdã. O código de negociação na bolsa paulista será "BBTG11".

O BTG Pactual, que nasceu como banco de investimento, tem ramificações em private banking, varejo bancário e setor imobiliário, além de uma importante carteira de participações com fatias na empresa de estacionamentos Estapar, na holding de drogarias Brazil Pharma e na Rede D'or de hospitais, entre outras.

Em 2011, o grupo teve um lucro líquido de 1,92 bilhão de reais, um crescimento de 70,5 por cento ante 2010. As receitas cresceram 32 por cento, para 3,2 bilhões de reais.

No final de 2011, o índice de Basileia do banco era de 17,7 por cento, bastante acima do piso regulamentar do Banco Central, de 11 por cento, mas abaixo dos 21,5 por cento do final de 2010.

Reforço de até R$ 3,3 bi

Ainda não é possível estabelecer o valor de mercado atribuído ao BTG Pactual com base nas informações disponíveis no prospecto mais recente do IPO.


Com base na compra da chilena Celfin Capital pelo BTG, que incluiu dinheiro e ações, é possível chegar a um valor para o grupo brasileiro em torno de 15 bilhões de dólares, segundo uma fonte revelou à Reuters em fevereiro. Se confirmado, isso colocaria o BTG entre as 20 maiores companhias listadas em bolsa no país.

O BTG pediu registro de companhia aberta em agosto de 2011, meses após ter vendido 18,65 por cento de seu capital por 1,8 bilhão de dólares para um consórcio com fundos estrangeiros.

Os recursos da oferta primária que irão reforçar o caixa do BTG -2,1 bilhões de reais no cenário mais pessimista e 3,3 bilhões de reais no mais otimista- serão usados para expandir todas as áreas de negócio da instituição.

O prospecto desta terça-feira traz como acionistas vendedores na oferta secundária a Marais LLC, a Europa Lux, a RIT Capial Partners, a Exor e a Rendefeld.

Quando deu largada ao processo de IPO, em 1o de março, apareciam apenas Marais LLC e Europa Lux como acionistas vendedores no IPO.

Banco e participações

Cada unit do BTG será composta por uma ação ordinária e duas preferenciais do Banco BTG Pactual e por três recibos de ações (BDRs) do BTG Pactual Participations (sendo um representativo de uma ação classe A e outros dois formados por uma ação classe B cada, todas do braço de participações da instituição financeira).

O coordenador global e agente estabilizador da operação é o braço de banco de investimento do próprio BTG Pactual. Participam, ainda, Bradesco BBI, JPMorgan, Goldman Sachs, Citi e BB Investimentos como coordenadores. Os líderes são Morgan Stanley, Deutsche Bank e UBS.

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