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IPO da Copersucar deve demorar mais dois anos

Abertura de capital da companhia deveria ter sido realizado em julho, e poderia movimentar até R$ 2,7 bilhões

Copersucar vai investir R$ 300 milhões nos próximos dois anos para duplicar capacidade de carregamento de açúcar no Porto de Santos (DIVULGACAO)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 09h33.

São Paulo - A Copersucar deverá esperar pelo menos mais dois anos para realizar sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da empresa, Luiz Roberto Pogetti. Em julho, o IPO que seria realizado e poderia movimentar até R$ 2,7 bilhões foi adiado por tempo indeterminado em função da conjuntura econômica global. O adiamento, contudo, não vai alterar o cronograma de investimentos da cooperativa, de R$ 2 bilhões, para os próximos cinco anos.

Nos próximos anos, a Copersucar vai se concentrar na concretização desses investimentos, principalmente em logística e infraestrutura. Para a safra 2011/12, serão investidos R$ 300 milhões na duplicação da capacidade de carregamento de açúcar no Porto de Santos e na ampliação da capacidade de carregamento do terminal ferroviário de Ribeirão Preto (SP). "Queremos mostrar ao mercado que vamos realizar todos os projetos de logística que estavam previstos", disse. Segundo ele, 70% dos recursos para esses investimentos virão do BNDES. "Os recursos que seriam captados com a emissão de ações fortaleceriam a estrutura de capital da companhia e não tinham como destino investimentos já definidos", disse.

Pogetti explica que os lucros da Copersucar são distribuídos como dividendos para seus sócios cooperados, que acabam utilizando esses recursos na expansão do próprio negócio e no fortalecimento do patrimônio das usinas. "Desta forma, as usinas produzem mais açúcar e etanol, o que aumenta as vendas, o lucro e os dividendos. Isso cria um círculo virtuoso de expansão, mas não sobram muitos recursos para o fortalecimento da estrutura de capital da companhia, o que seria auxiliado pela emissão de ações", afirmou.

O executivo conta que diante do cenário de crise econômica que se desenhou nas semanas antes do proposto IPO, e dentro do intervalo de preços definido pela companhia como ideal para a emissão, a demanda pelas ações no mercado chegou a 60% da oferta. "O engajamento dos investidores foi grande, mas o cenário internacional não ajudou."

Segundo Pogetti, no médio prazo, um dos planos da Copersucar é entrar no mercado de plástico verde - que usa etanol como matéria-prima. Inicialmente, a cooperativa estaria interessada em fornecer etanol para que uma empresa produzisse o material."Mas uma parceria nessa área não estaria fora de cogitação", afirma.

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São Paulo - A Copersucar deverá esperar pelo menos mais dois anos para realizar sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da empresa, Luiz Roberto Pogetti. Em julho, o IPO que seria realizado e poderia movimentar até R$ 2,7 bilhões foi adiado por tempo indeterminado em função da conjuntura econômica global. O adiamento, contudo, não vai alterar o cronograma de investimentos da cooperativa, de R$ 2 bilhões, para os próximos cinco anos.

Nos próximos anos, a Copersucar vai se concentrar na concretização desses investimentos, principalmente em logística e infraestrutura. Para a safra 2011/12, serão investidos R$ 300 milhões na duplicação da capacidade de carregamento de açúcar no Porto de Santos e na ampliação da capacidade de carregamento do terminal ferroviário de Ribeirão Preto (SP). "Queremos mostrar ao mercado que vamos realizar todos os projetos de logística que estavam previstos", disse. Segundo ele, 70% dos recursos para esses investimentos virão do BNDES. "Os recursos que seriam captados com a emissão de ações fortaleceriam a estrutura de capital da companhia e não tinham como destino investimentos já definidos", disse.

Pogetti explica que os lucros da Copersucar são distribuídos como dividendos para seus sócios cooperados, que acabam utilizando esses recursos na expansão do próprio negócio e no fortalecimento do patrimônio das usinas. "Desta forma, as usinas produzem mais açúcar e etanol, o que aumenta as vendas, o lucro e os dividendos. Isso cria um círculo virtuoso de expansão, mas não sobram muitos recursos para o fortalecimento da estrutura de capital da companhia, o que seria auxiliado pela emissão de ações", afirmou.

O executivo conta que diante do cenário de crise econômica que se desenhou nas semanas antes do proposto IPO, e dentro do intervalo de preços definido pela companhia como ideal para a emissão, a demanda pelas ações no mercado chegou a 60% da oferta. "O engajamento dos investidores foi grande, mas o cenário internacional não ajudou."

Segundo Pogetti, no médio prazo, um dos planos da Copersucar é entrar no mercado de plástico verde - que usa etanol como matéria-prima. Inicialmente, a cooperativa estaria interessada em fornecer etanol para que uma empresa produzisse o material."Mas uma parceria nessa área não estaria fora de cogitação", afirma.

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