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Investidores vendem ações e Europa encerra em baixa

A onda de vendas foi direcionada por notícias negativas do setor aéreo e novas projeções pessimistas do Banco Mundial sobre o crescimento da economia global


	Frankfurt: na bolsa de Frankfurt, os papéis da Lufthansa despencaram 13,63%
 (Getty Images/Getty Images)

Frankfurt: na bolsa de Frankfurt, os papéis da Lufthansa despencaram 13,63% (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 15h11.

São Paulo - Os mercados acionários da Europa fecharam em baixa nesta quarta-feira, 11, em meio a um movimento de realização de lucros, que foi acentuado por notícias negativas do setor aéreo.

A onda de vendas também foi direcionada por novas projeções pessimistas do Banco Mundial sobre o crescimento da economia global.

Com isso, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,56%, aos 347,74 pontos, após fechar no nível mais alto desde janeiro de 2008 na sessão anterior.

Em um dia de poucos indicadores econômicos na Europa e nos Estados Unidos, as quedas em ações do setor aéreo lideraram as perdas nas bolsas.

Em Frankfurt, os papéis da Lufthansa despencaram 13,63% após a empresa anunciar redução da previsão de lucro para o ano.

Ao citar receitas mais fracas no setor de passageiros e carga, o efeito da greve de pilotos e as perdas com a desvalorização do bolívar venezuelano, a aérea informou que prevê lucro operacional de cerca de 1 bilhão de euros em 2014.

O valor é menor que a expectativa anterior, de valor entre 1,3 bilhão e 1,5 bilhão de euros.

A Lufthansa alertou ainda que a meta de lucro estipulada para 2015 não deve ser atingida. O índice Dax perdeu 0,79%, aos 9949,81 pontos.

Dentre as ações que sofreram no pregão desta quarta-feira também estavam as da fabricante de aviões Airbus, que encerraram em queda de 3,08% na Bolsa de Paris, e da fornecedora de motores Rolls-Royce, que caíram 5,48% em Londres.

Os papéis perderam valor após a aérea Emirates anunciar o cancelamento de um pedido de US$ 16 bilhões com 70 aeronaves do modelo A350 com motores Rolls-Royce.

Os aviões da fabricante europeia começariam a ser entregues à empresa do Oriente Médio a partir de 2019.

Em Londres, os papéis da International Consolidated Airlines Group cederam 3,05%, levando a uma baixa de 0,50%, aos 6838,87 pontos, no índice FTSE 100.

Em Paris, as ações da Air France-KLM caíram 6,95% e o índice CAC-40 recuou 0,87%, para 4555,11 pontos.

Além disso, na capital francesa, a Vallourec perdeu mais de 11% do valor nas ações depois de emitir um alerta de lucro e o setor bancário foi alvo de vendas em meio à preocupações sobre o impacto das investigações por parte das autoridades norte-americanas.

Fora do noticiário corporativo, as novas projeções do Banco Mundial sobre a economia global desanimaram muitos investidores.

Depois de um primeiro trimestre com números decepcionantes de crescimento ao redor do mundo, o Banco Mundial reduziu as projeções de expansão para este ano da economia mundial e dos países em desenvolvimento.

A aposta, porém, é que a atividade econômica avance com mais força em 2015 e 2016.

A previsão é que o mundo cresça 2,8% este ano, abaixo dos 3,2% estimados em janeiro, quando o Banco Mundial divulgou o relatório anterior de perspectivas econômicas.

A expectativa é de que, graças aos países desenvolvidos crescendo em ritmo um pouco mais forte, o crescimento mundial se acelere nos próximos anos, passando para 3,4% em 2015 e 3,5% em 2016.

Entre os indicadores, o dia contou com mais uma notícia positiva sobre a economia britânica. Nos três meses até abril, a taxa de desemprego caiu para 6,6%, o menor índice desde 2009.

Entre janeiro e março, o desemprego marcou 6,8%. Segundo os dados do governo inglês, o número de empregados cresceu em 345 mil, para 30,54 milhões de pessoas.

Esse é o maior universo de pessoas com trabalho já registrado na série histórica iniciada em 1971.

A queda acelerada do desemprego mostra que a economia britânica está em franca aceleração.

Mas um dado também conhecido esta manhã traz um pouco de alívio ao Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês): mesmo com o mercado aquecido, o rendimento médio desacelerou e cresceu 0,7% nos três meses encerrados em abril - ritmo bem abaixo do aumento de 1,7% observado entre janeiro e março.

Isso mostra que, apesar das contratações, os salários têm comportamento mais ameno, o que reduz preocupações de pressão inflacionária.

Em Milão, o índice FTSEMib encerrou com queda de 1,24%, aos 22223,77 pontos, pressionado por realização de lucros, principalmente no setor bancário.

"Desde 19 de maio, o índice ganhou 10%, por isso é absolutamente normal ver uma correção", disse um trader.

As ações do Banca Monte dei Paschi di Siena fecharam em baixa de quase 21% no terceiro dia de seu aumento de capital.

O índice Ibex-35, de Madri, perdeu 0,70%, aos 11074,90 pontos, e o índice português PSI20 cedeu 1,70%, aos 7318,53 pontos. Com informações da Dow Jones.

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