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Investidor torce o nariz para videogame da Nintendo e ações caem

Detalhes do novo console da Nintendo desagradaram investidores, que esperavam por um produto com mais diferenciais

Nintendo Switch: novidade animou jogadores, mas não os investidores (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Nintendo Switch: novidade animou jogadores, mas não os investidores (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 11h17.

Última atualização em 13 de janeiro de 2017 às 11h22.

São Paulo — As ações da Nintendo caíram quase 6% no mercado japonês depois que a empresa divulgou detalhes sobre seu novo console, o Nintendo Swtich. O aparelho, que será lançado no próximo dia 3 de março, funciona como um videogame de mesa, quando conectado à TV, ou como um videogame portátil.

O conceito pode até cair no gosto dos jogadores, mas não agradou os investidores da empresa.

Segundo o site Business Insider, o temor  dos acionistas é que a portabilidade do aparelho não seja o suficiente para a Nintendo se diferenciar de concorrentes como a Sony e a Microsoft. Há até quem pressione a empresa para mudar seus rumos e deixar de lado a produção de hardware.

Veja abaixo o comportamento das ações da Nintendo após o lançamento do Nintendo Switch.

Ações da Nintendo após lançamento de videogame

- (Reprodução/Google Finance)

Nem o Mario agrada

A última decepção dos acionistas da Nintendo foi com o jogo Super Mario Run, o primeiro da franquia voltado para smartphones.

Três dias após o lançamento, em meados de dezembro, as ações da Nintendo no Japão chegaram a cair 11%“As expectativas dos investidores eram fortes. Talvez tenham sido muito altas”, disse Hideki Yasuda, analista do Ace Research Institute, conforme relatou a Bloomberg

Na época, o motivo de preocupação dos acionistas foi uma onda de reclamações de jogadores, que se queixavam dos 9,99 dólares cobrados pelo jogo — valor superior ao de jogos mais populares, como o Minecraft, que custa 6,99 dólares.

Além do próprio valor, os investidores passaram a questionar o modelo de cobrança da Nintendo. O download é gratuito e garante o acesso às três primeiras fases. Se o usuário quiser continuar jogando com o encanador bigodudo, deve desembolsar os quase 10 dólares. É diferente, por exemplo, do Pokémon Go, que cobra por itens especiais, mas não pelo jogo em si. 

 

 

 

 

 

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