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Investidor ignora melhora de rating da Vale e ações despencam

Motivo da queda é o recuo de mais de 4% dos preços do minério de ferro na China

Vale: reestruturação societária ainda será votada (Pilar Olivares/Reuters)

Vale: reestruturação societária ainda será votada (Pilar Olivares/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 21 de março de 2017 às 10h50.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 12h09.

São Paulo — As ações da Vale operavam em queda nesta terça-feira (21), refletindo o recuo de mais de 4% dos preços do minério de ferro na China. Os papéis ordinários chegaram a cair 4,6%, cotados a 30,16 reais cada um na mínima da sessão. Já os preferenciais registravam queda de até 4,3% e eram negociados a 28,90 reais, também na mínima.

Nem a elevação da nota da mineradora pela Moody's  foi capaz de animar os investidores. Ontem, a agência de classificação de risco anunciou a mudança do rating da Vale de Ba3 para Ba2 com perspectiva positiva.

Segundo a Moody's, a Vale conseguiu melhorar seu perfil de produção e reduzir custos, além de ter disciplina financeira em relação aos gastos e dividendos. A recuperação das métricas de crédito também seria uma consequência da subida dos preços das commodities em 2016, principalmente do minério de ferro, que cresceu 81% no período.

Bradespar

A Bradespar, holding que investe boa parte de seu capital na Vale, também afundava na Bolsa. As ações ordinárias da empresa caíram até 4,6% e eram cotadas a 19,53 reais cada uma na mínima do dia. As preferenciais chegaram a recuar 6,5% e eram negociadas por 21,32 reais cada uma.

Nesta manhã, a holding divulgou seus resultados referentes ao último trimestre de 2016. De outubro a dezembro, a companhia teve lucro líquido de 53,13 milhões de reais, revertendo o prejuízo de 1,98 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior.

 

 

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