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Ibovespa perde força no fim do pregão, mas sobe 0,5%

Índice teve alta de 0,5%, aos 48.814 pontos, conforme investidores desmontaram posições vendidas em meio a uma maior estabilidade do cenário externo

Operadores da Bovespa: giro financeiro foi de 5,65 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano como visto nas últimas sessões (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 17h52.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou em alta nesta terça-feira, seu quinto pregão em seis de valorização, conforme investidores desmontaram posições vendidas em meio a uma maior estabilidade do cenário externo.

Segundo dados preliminares, o Ibovespa teve alta de 0,5 por cento, aos 48.814 pontos. Apesar da alta, o índice perdeu força no fim da sessão, tendo avançado 1,66 por cento na máxima dos negócios.

O giro financeiro foi de 5,65 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano como visto nas últimas sessões. Para o Credit Suisse, o volume de negócios põe em dúvida a consistência do movimento de alta da bolsa paulista.

"O Brasil parece estar tão 'subinvestido' neste momento que qualquer operação significativa nos mercados futuro ou à vista pode mover o índice em 1 por cento para cima ou para baixo", afirmou o banco em nota da mesa de operações a clientes.

Desde o fechamento de 12 de julho, o Ibovespa acumula valorização de 7,2 por cento. Ainda assim, a queda no ano é de quase 20 por cento.

Para especialistas, o movimento da bolsa paulista nos últimos pregões é uma correção de quedas exageradas nos últimos meses que foram motivadas por temores sobre o desempenho da economia doméstica e, principalmente, por preocupações com a eventual retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve, o que reduziria o fluxo de capitais para emergentes.

A maior estabilidade do panorama internacional nas últimas semanas foi possível graças a sinais dados por autoridades do Fed de que o plano do banco central dos Estados Unidos de reduzir os estímulos ainda depende de dados econômicos, e que o juro básico do país deve permanecer em nível recorde de baixa por um longo período.

Esse cenário tem desencadeado um movimento de correção da bolsa paulista, motivando investidores a cobrir posições vendidas.

"Há cerca de um mês, estávamos acima da faixa de 90 mil contratos (de Ibovespa futuro) vendidos, agora esse número está recuando para a faixa dos 70 mil", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

Nesta sessão, as ações das mineradoras Vale e MMX foram destaques de alta, bem como as da petroleira OGX.

O papel da MMX, que chegou a subir mais de 15 por cento, foi sustentado por expectativas de venda de ativos pela companhia. A empresa controlada pelo bilionário Eike Batista já afirmou manter negociações com a suíça Glencore Xtrata e a holandesa Trafigura.

Entre as baixas, as ações da empresa de telecomunicações Oi e da incorporadora imobiliária Brookfield recuaram.

Níveis de Suporte

Nesta sessão, o Ibovespa chegou a romper o patamar dos 49 mil pontos. A perspectiva é que a bolsa volte a ficar acima dos 50 mil pontos nos próximos pregões, segundo o analista-chefe da Gradual Investimentos, Paulo Esteves.

"O que poderia estancar o movimento de avanço eram os resultados corporativos, mas, com o início da safra de balanços, investidores estão se conscientizando de que a fase não está tão ruim assim e que o mercado descontou demais os preços dos papéis", afirmou.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou em alta nesta terça-feira, seu quinto pregão em seis de valorização, conforme investidores desmontaram posições vendidas em meio a uma maior estabilidade do cenário externo.

Segundo dados preliminares, o Ibovespa teve alta de 0,5 por cento, aos 48.814 pontos. Apesar da alta, o índice perdeu força no fim da sessão, tendo avançado 1,66 por cento na máxima dos negócios.

O giro financeiro foi de 5,65 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano como visto nas últimas sessões. Para o Credit Suisse, o volume de negócios põe em dúvida a consistência do movimento de alta da bolsa paulista.

"O Brasil parece estar tão 'subinvestido' neste momento que qualquer operação significativa nos mercados futuro ou à vista pode mover o índice em 1 por cento para cima ou para baixo", afirmou o banco em nota da mesa de operações a clientes.

Desde o fechamento de 12 de julho, o Ibovespa acumula valorização de 7,2 por cento. Ainda assim, a queda no ano é de quase 20 por cento.

Para especialistas, o movimento da bolsa paulista nos últimos pregões é uma correção de quedas exageradas nos últimos meses que foram motivadas por temores sobre o desempenho da economia doméstica e, principalmente, por preocupações com a eventual retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve, o que reduziria o fluxo de capitais para emergentes.

A maior estabilidade do panorama internacional nas últimas semanas foi possível graças a sinais dados por autoridades do Fed de que o plano do banco central dos Estados Unidos de reduzir os estímulos ainda depende de dados econômicos, e que o juro básico do país deve permanecer em nível recorde de baixa por um longo período.

Esse cenário tem desencadeado um movimento de correção da bolsa paulista, motivando investidores a cobrir posições vendidas.

"Há cerca de um mês, estávamos acima da faixa de 90 mil contratos (de Ibovespa futuro) vendidos, agora esse número está recuando para a faixa dos 70 mil", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

Nesta sessão, as ações das mineradoras Vale e MMX foram destaques de alta, bem como as da petroleira OGX.

O papel da MMX, que chegou a subir mais de 15 por cento, foi sustentado por expectativas de venda de ativos pela companhia. A empresa controlada pelo bilionário Eike Batista já afirmou manter negociações com a suíça Glencore Xtrata e a holandesa Trafigura.

Entre as baixas, as ações da empresa de telecomunicações Oi e da incorporadora imobiliária Brookfield recuaram.

Níveis de Suporte

Nesta sessão, o Ibovespa chegou a romper o patamar dos 49 mil pontos. A perspectiva é que a bolsa volte a ficar acima dos 50 mil pontos nos próximos pregões, segundo o analista-chefe da Gradual Investimentos, Paulo Esteves.

"O que poderia estancar o movimento de avanço eram os resultados corporativos, mas, com o início da safra de balanços, investidores estão se conscientizando de que a fase não está tão ruim assim e que o mercado descontou demais os preços dos papéis", afirmou.

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