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Bovespa opera em queda, pressionada por piora externa

"O investidor está olhando para a bolsa com um pouco de pessimismo", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 18h21.

São Paulo - A Bovespa operava em queda pelo quarto pregão consecutivo nesta terça-feira, seguindo a piora dos mercados externos, com fracos resultados corporativos e temores sobre a situação da Espanha ampliando o clima de aversão ao risco.

A queda das commodities no mercado internacional pressionava as ações das blue chips brasileiras, enquanto o resultado abaixo do esperado do Itaú Unibanco pesava no sentimento de investidores sobre o setor financeiro.

Às 13h15h, o Ibovespa perdia 1,62 por cento, a 57.751 pontos --se fechar nesse patamar, será a menor pontuação em quase sete semanas. O giro financeiro do pregão era de 3,1 bilhões de reais.

"O investidor está olhando para a bolsa com um pouco de pessimismo", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine.

Em mais um dia de agenda fraca, fracos resultados corporativos nos Estados Unidos e no Brasil pesavam no mercado, segundo ele. "Isso causa um mal estar entre os investidores".

Itaú Unibanco estava entre as principais influências negativas para o Ibovespa, com baixa de 3,17 por cento, a 28,42 reais, enquanto as ações da Itaúsa, holding que controla o banco, perdiam 2,97 por cento, a 8,49 reais.

Após registrar queda no lucro do terceiro trimestre, o Itaú Unibanco disse que espera que suas margens financeiras continuem a cair nos próximos trimestres.

"Os resultados do Itaú foram mais fracos que o esperado e isso resultou em forte queda também para outras companhias do setor financeiro", disse o sócio da Zenith Asset Management Guilherme Sand.

"Você tem também as preocupações pairando sobre o setor devido à pressão governamental para reduzir tarifas e spreads." As blue chips também pesavam no índice. A preferencial da mineradora Vale caía 2,23 por cento, a 34,61 reais, e a da Petrobras perdia 2,04 por cento, a 21,60 reais.

OGX tinha queda de 2,38 por cento, a 4,93 reais.


Marfrig despencava 7,25 por cento, a 10,74 reais, um dia antes da divulgação do balanço da companhia e com operadores citando rumores de que a empresa estaria planejando oferta de ações --a empresa não comentou a especulação.

Nos EUA, o índice Dow Jones e o S&P 500 caíam mais de 1,5 por cento, com balanços decepcionantes reforçando as preocupações com a desaceleração da economia global.

O principal índice europeu de ações caía 1,69 por cento. A Espanha continuava preocupando investidores, depois que a Moody's rebaixou ratings de cinco regiões espanholas, fazendo yields de títulos do país voltarem a subir. (Edição de Sérgio Spagnuolo)

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