Mercados

Ibovespa fecha em alta apoiado em Petrobras e Oi

Índice da bolsa subiu 0,35 por cento, a 54.785 pontos


	Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão desta terça somou R$ 4,79 bilhões
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão desta terça somou R$ 4,79 bilhões (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 17h55.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira de poucos negócios e agenda econômica leve com investidores esperando novas pesquisas eleitorais, e em meio à suavização de preocupações no exterior com a situação financeira do maior banco listado de Portugal.

O Ibovespa subiu 0,35 por cento, a 54.785 pontos. O giro financeiro do pregão somou 4,79 bilhões de reais. Na semana, o índice teve alta acumulada de 1,35 por cento.

O índice chegou a cair 0,5 por cento mais cedo, com embolso de lucros acumulados em ações como Petrobras. No entanto, o papel reverteu, o mesmo acontecendo com outras ações importantes do índice.

Analistas da Itaú Corretora afirmaram em relatório que o Ibovespa continua em tendência de alta no curto prazo e ganhou força no último pregão ao passar da resistência inicial de 54.100 pontos.

Segundo eles, o índice segue em direção a 55.300 pontos e ao objetivo de 57.100 pontos.

Na quinta-feira, o Ibovespa teve a maior alta em um mês, com a perspectiva de que a derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo influencie as eleições presidenciais de outubro.

Cientistas políticos, porém, entendem que vitórias ou derrotas esportivas têm efeito curto em eleições, mesmo uma derrota histórica como a de terça-feira por 7 x 1.

Assim, investidores aguardam novas pesquisas eleitorais para firmar suas apostas. Levantamento Sensus de intenções de voto foi registrado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com divulgação prevista para a partir da próxima terça-feira.

"Acho que tem espaço para o mercado seguir subindo em função das novas pesquisas, que provavelmente mostrarão a presidente Dilma Rousseff caindo", disse o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

"O mercado vai seguir acreditando que a última pesquisa do Datafolha (que mostrou avanço nas intenções de voto de Dilma) estava influenciada pelo sucesso relativo da Copa".

Na ponta positiva do índice, a operadora de telecomunicações Oi teve alta de 13,38 por cento nas suas ações preferenciais, depois do tombo de 14 por cento na véspera.

A Oi vem refletindo incertezas nos últimos dias, após a Portugal Telecom, com quem a operadora brasileira está em processo de fusão, comprar notas promissórias da RioForte, da Espírito Santo International.

Mas o Banco Espírito Santo, que faz parte da rede de empresas controladas pelo clã Espírito Santo, tranquilizou o mercado, afirmando que tem exposições avaliadas em 1,15 bilhão de euros, e que acredita ter reservas suficientes para absorver quaisquer perdas.

Isso acalmou investidores sobre a chance de uma reação em cadeia atingir outros bancos, principalmente na periferia da zona do euro, e reduziu a aversão ao risco no exterior.

As maiores quedas do índice do dia foram da elétrica mineira Cemig e da Suzano Papel e Celulose.

Fora do índice, a ação da construtora e incorporadora Direcional Engenharia recuou quase 6 por cento após divulgar queda nos lançamentos e nas vendas líquidas contratadas no segundo trimestre.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame