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Bovespa tem baixa de mais de 1% com realização de lucros

Principal índice da bolsa caiu 1,44 por cento, a 52.172 pontos, menor nível de fechamento desde 30 de abril


	Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,5 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,67 bilhões de reais em 2014
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,5 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,67 bilhões de reais em 2014 (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 18h04.

São Paulo - A Bovespa perdeu mais de 1 por cento nesta terça-feira, pressionada por ações de grande peso em seu principal índice, conforme investidores embolsaram lucros recentes em novo pregão de baixo volume.

O Ibovespa caiu 1,44 por cento, a 52.172 pontos, menor nível de fechamento desde 30 de abril.

O giro financeiro do pregão foi de 5,5 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,67 bilhões de reais em 2014, segundo os dados mais recentes da BM&FBovespa.

O índice chegou a subir 0,7 por cento pela manhã, mas esvaziou ganhos e descolou de Wall Street à medida que Ambev e Petrobras passaram a puxá-lo para baixo.

"O mercado vinha subindo em passos curtos, mas ainda precisa se ajustar um pouco. Os 53 mil pontos são uma zona de resistência muito forte", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Participantes do mercado vinham afirmando que o Ibovespa ainda tinha espaço para cair depois de um rali forte ter levado o índice dos 45 mil pontos em meados de março aos 54 mil pontos mais cedo neste mês.

Ações de bancos como Itaú Unibanco e Bradesco , que sustentaram o índice mais cedo, não resistiram ao movimento e também passaram ao vermelho.

Pela manhã, o setor havia reagido positivamente à possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) adie julgamento sobre a legalidade da indenização a poupadores por perdas geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

Contudo, Banco do Brasil conseguiu fechar com leve valorização.

Para o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt, investidores estrangeiros moderavam o passo do ingresso de recursos, uma vez que a bolsa brasileira já acumula entrada líquida de 10,37 bilhões de reais em 2014.

"O fluxo externo está arrefecendo e fica mais fácil o mercado optar por uma realização de lucros para preservar algum ganho", disse Bittencourt.

A ação da Cemig teve uma das maiores quedas do índice do dia, de 3,98 por cento.

A elétrica mineira divulgou estimativa para 2014 de resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre 3,044 bilhões e 3,697 bilhões de reais na unidade de geração e transmissão.

Assim, a estatal mineira de energia sinalizou que o forte Ebitda em geração e transmissão no primeiro trimestre, de 1,8 bilhão de reais, não vai se repetir, apontaram analistas da Planner.

A Light também caiu, uma vez que o BTG Pactual rebaixou a recomendação do papel de "compra" para "neutra", citando que a ação já teve boa performance recente apesar de riscos.

A ação da JBS foi outra com baixa expressiva, depois de a unidade de carne de frango da empresa nos Estados Unidos, Pilgrim's Pride, anunciar oferta de 6,4 bilhões de dólares pela Hillshire Brands.

Embora em segundo plano, a escalada das tensões na Ucrânia preocupou investidores neste pregão e levantou o dólar ante o real.

Mais de 50 rebeldes pró-Rússia foram mortos em uma ofensiva sem precedentes de forças do governo ucraniano, após o recém-eleito presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ter prometido esmagar a revolta no leste de uma vez por todas.

Texto atualizado com informações do fechamento do mercado às 18h02min do mesmo dia.

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