Mercados

Bovespa cede a pressão de ações da Vale e fecha no vermelho

Principal índice da bolsa paulista recuou 0,48 por cento, a 52.474 pontos


	Bovespa: giro financeiro do pregão foi pelo segundo dia reduzido, de 4,9 bilhões de reais
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: giro financeiro do pregão foi pelo segundo dia reduzido, de 4,9 bilhões de reais (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 17h07.

São Paulo - O principal índice de bolsa paulista encerrou em queda nesta terça-feira, em um pregão em que o noticiário corporativo ganhou destaque, com Vale e Ambev entre as principais influências negativas, após terem suas recomendações cortadas por bancos estrangeiros.

O Ibovespa recuou 0,48 por cento, a 52.474 pontos. O giro financeiro do pregão foi pelo segundo dia reduzido, de 4,9 bilhões de reais, diante do cenário de incertezas sobre a futura equipe econômica do governo, além do feriado do Dia dos Veteranos nos Estados Unidos. As bolsas norte-americanas funcionaram normalmente, mas o mercado de Treasuries permaneceu fechado.

As ações da Vale recuaram mais de 3 por cento e puxaram para baixo também Bradespar, que tem participação na empresa.

O ADR da mineradora teve a recomendação reduzida de "neutra" para "venda" pelo Citi, após a instituição cortar sua previsão para o preço médio anual do minério de ferro em 2015 e 2016 para 65 dólares a tonelada ante 80 dólares a tonelada.

"Já está se falando nos preços mais baixos do minério há algum tempo, mas o Citi disse que o preço pode chegar brevemente até a 50 dólares a tonelada --hoje está a 75 dólares--, o que preocupa", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.

O preço-alvo do ADR da Vale foi reduzido para 8 dólares ante 12,50 dólares pelos analistas do Citi.

O movimento da Vale também influenciou o setor siderúrgico, inclusive a ação da CSN, que teve a maior queda do Ibovespa do dia, de 4,5 por cento, a 7,48 reais. A recomendação do papel foi reiterada em "venda" pelo Citi e o preço-alvo passou para 7,50 reais, ante 8,50 reais.

Outra influência de baixa foi Ambev, que teve recomendação reduzida pelo JP Morgan para "neutra" ante "overweight".

No sentido contrário, as ações da Oi registraram a alta mais expressiva do Ibovespa, de 4,69 por cento. Investidores avaliaram os desdobramentos da oferta feita pela empresária angolana Isabel dos Santos pela Portugal Telecom SGPS, empresa que detém cerca de 25 por cento de participação na operadora brasileira.

Após o Conselho de Administração da Oi afirmar que a oferta pública de aquisição (OPA) feita pela empresária é "inaceitável" por promover mudanças nos termos de sua fusão com a companhia portuguesa, o porta-voz da empresária angolana disse nesta terça-feira que ela está ponderando a alteração de algumas condições rejeitadas pelos brasileiros.

Outro destaque de alta foi Embraer, que recuperou parte das perdas da véspera.

Uma Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira a MP 652 que oferece subsídios para o desenvolvimento da aviação regional no Brasil, após acordo entre governo federal e parlamentares acertado mais cedo.

O texto aprovado prevê subvenção para até 50 por cento dos assentos das aeronaves até o limite de 60 lugares em rotas regionais.

A companhia aérea Azul havia afirmado que uma modificação no texto poderia levá-la a adiar ou cancelar encomendas à Embraer para adquirir aviões de maior porte.

Texto atualizado às 18h07min do mesmo dia para adicionar mais informações.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Amil e Dasa recebem aval do Cade para criarem rede de hospitais e clínicas

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena