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Ibovespa cai forte por preocupação sobre resgate à Espanha

Índice da bolsa brasileira cai quase 3%, aos 52.577 pontos

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 14h41.

São Paulo - A Bovespa tinha forte queda nesta segunda-feira, com a Europa voltando ao centro das preocupações de investidores, diante dos temores de que a Espanha estaria mais próxima de precisar de um resgate integral.

Às 13h45, o Ibovespa caía 2,98 por cento, a 52.577 pontos. O giro financeiro era de 2,93 bilhões de reais.

"A aversão ao risco voltou com força aos mercados. Vemos Europa voltando à tona e investidores adotando postura mais cautelosa", disse o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora.

A percepção de que a Espanha precisará de um resgate integral ganhou força após a pequena Múrcia indicar que se tornaria a segunda região do país a buscar socorro financeiro do governo central. Segundo a imprensa local, meia dúzia de regiões também estariam prontas para fazer o mesmo.

Os rendimentos dos títulos soberanos da dívida de 10 anos da Espanha subiram para mais de 7,5 por cento pela manhã, trazendo dúvidas sobre a capacidade do país --que está mergulhado em recessão-- de refinanciar suas obrigações financeiras nos mercados de capital.

"Está ficando claro que a Espanha precisará de ajuda e a percepção é de que a Itália será a próxima, e de repente, a Europa está enfrentando a UTI de novo", disse o diretor de estratégia e produtos da Infinity Asset, André Paes.

Investidores também voltaram a especular sobre eventual saída da Grécia da zona do euro, após reportagem da revista alemã Der Spiegel no fim de semana ter afirmado que o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia se recusar a continuar dando apoio à Grécia. A notícia foi refutada pelo fundo nesta segunda-feira.

Os temores sobre a crise na Europa pesavam nas bolsas externas. Em Wall Street, o índice Dow Jones caía 1,02 por cento. Já o principal índice das ações europeias fechou em baixa de 2,36 por cento.

"Nosso mercado é muito sensível à aversão ao risco e sofre mais que outros mercados", disse Paes. "O Brasil paga pelo fato de ser o mais líquido entre os mercados emergentes.


Em um dia como hoje os investidores vendem aqui para fazer posições mais conservadoras." Na bolsa paulista, a ação prefencial da mineradora Vale caía 3,25 por cento, a 36,65 reais, enquanto a da Petrobras tinha queda de 2,5 por cento, a 18,70 reais.

OGX tinha baixa de 5,5 por cento, a 5,15 reais.

Bradesco perdia 5,21 por cento, a 28,94 reais, após o segundo maior banco privado do Brasil ter informado resultado levemente abaixo do esperado no segundo trimestre e cortado a previsão de crescimento do crédito.

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