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Bovespa fecha abril com pior desempenho mensal em sete meses

Hoje as bolsas internacionais caíram com as renovadas preocupações sobre a economia da Espanha

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 18h36.

São Paulo - As incertezas do cenário externo devem continuar a trazer volatilidade para o mercado acionário brasileiro em maio, após a Bovespa ter cravado em abril o pior desempenho em sete meses.

Em um pregão morno, espremido entre o fim de semana e o feriado de 1o de maio, o principal índice da bolsa virou nos minutos finais da sessão e fechou em alta de 0,26 por cento, a 61.820 pontos. No mês, o Ibovespa recuou 4,17 por cento, maior queda desde setembro de 2011, quando caiu 7,4 por cento.

O giro financeiro ficou em 4,83 bilhões de reais nesta segunda-feira, volume bem menor do que a média diária de abril.

A crise europeia, com destaque para a Espanha, os renovados sinais de fraqueza econômica nos Estados Unidos e a desaceleração na China continuarão no radar de investidores no próximo mês, segundo analistas.

"O cenário é de volatilidade. Se não tiver uma ruptura na zona do euro e se o dólar permanecer nos níveis atuais, pode haver uma porta de entrada de estrangeiros, mas o clima de montanha russa continua", disse Pablo Spyer, chefe da divisão de corretagem na Mirae Securities.

"No mês que vem, a gente continua pagando o preço da situação externa", afirmou Romeu Vidale, superintende de renda variável na Concórdia Corretora. "O cenário está muito conturbado, está muito difícil apostar numa recuperação no curto prazo."

Fatores domésticos também devem exercer pressão adicional, segundo Silvio Campos Neto, economista na Tendências Consultoria. "O setor financeiro continua no foco, com a briga sobre redução de spreads", disse.

"Vale e Petrobras também têm deixado investidores um pouco apreensivos, com a questão do governo cobrando impostos atrasados da mineradora e dos preços controlados de combustível", afirmou Campos Neto.

Nesta segunda-feira, a notícia de que a Espanha entrou novamente em recessão e os dados mais fracos da economia norte-americana pressionaram os mercados internacionais.

Na cena doméstica, Petrobras subiu 1,72 por cento, a 21,29 reais, e foi a maior influência de alta para o Ibovespa. Já a ação preferencial da Vale caiu 0,12 por cento, a 41,45 reais.


OGX, com queda de 2,1 por cento, a 13,23 reais. Na sexta-feira, a OGX anunciou a troca de sua diretoria-executiva, com Paulo Mendonça assumindo o lugar de Eike Batista.

Brasil Foods se manteve ao longo do dia como o destaque de queda e fechou em baixa de 2,76 por cento, a 34,85 reais. Na última sexta-feira, a empresa reportou queda de 60 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre e o resultado considerado "muito fraco" por analistas.

Na outra ponta, Copel subiu 3,65 por cento, a 48,29 reais, a líder de alta do índice.

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São Paulo - As incertezas do cenário externo devem continuar a trazer volatilidade para o mercado acionário brasileiro em maio, após a Bovespa ter cravado em abril o pior desempenho em sete meses.

Em um pregão morno, espremido entre o fim de semana e o feriado de 1o de maio, o principal índice da bolsa virou nos minutos finais da sessão e fechou em alta de 0,26 por cento, a 61.820 pontos. No mês, o Ibovespa recuou 4,17 por cento, maior queda desde setembro de 2011, quando caiu 7,4 por cento.

O giro financeiro ficou em 4,83 bilhões de reais nesta segunda-feira, volume bem menor do que a média diária de abril.

A crise europeia, com destaque para a Espanha, os renovados sinais de fraqueza econômica nos Estados Unidos e a desaceleração na China continuarão no radar de investidores no próximo mês, segundo analistas.

"O cenário é de volatilidade. Se não tiver uma ruptura na zona do euro e se o dólar permanecer nos níveis atuais, pode haver uma porta de entrada de estrangeiros, mas o clima de montanha russa continua", disse Pablo Spyer, chefe da divisão de corretagem na Mirae Securities.

"No mês que vem, a gente continua pagando o preço da situação externa", afirmou Romeu Vidale, superintende de renda variável na Concórdia Corretora. "O cenário está muito conturbado, está muito difícil apostar numa recuperação no curto prazo."

Fatores domésticos também devem exercer pressão adicional, segundo Silvio Campos Neto, economista na Tendências Consultoria. "O setor financeiro continua no foco, com a briga sobre redução de spreads", disse.

"Vale e Petrobras também têm deixado investidores um pouco apreensivos, com a questão do governo cobrando impostos atrasados da mineradora e dos preços controlados de combustível", afirmou Campos Neto.

Nesta segunda-feira, a notícia de que a Espanha entrou novamente em recessão e os dados mais fracos da economia norte-americana pressionaram os mercados internacionais.

Na cena doméstica, Petrobras subiu 1,72 por cento, a 21,29 reais, e foi a maior influência de alta para o Ibovespa. Já a ação preferencial da Vale caiu 0,12 por cento, a 41,45 reais.


OGX, com queda de 2,1 por cento, a 13,23 reais. Na sexta-feira, a OGX anunciou a troca de sua diretoria-executiva, com Paulo Mendonça assumindo o lugar de Eike Batista.

Brasil Foods se manteve ao longo do dia como o destaque de queda e fechou em baixa de 2,76 por cento, a 34,85 reais. Na última sexta-feira, a empresa reportou queda de 60 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre e o resultado considerado "muito fraco" por analistas.

Na outra ponta, Copel subiu 3,65 por cento, a 48,29 reais, a líder de alta do índice.

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