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Impasse na Grécia aumenta aversão ao risco nos mercados

Como resultado, as bolsas internacionais tinham fortes quedas e dólar se valorizava, chegando a subir mais de 1%

Partidários do partido conservador grego flamejam bandeiras da Grécia em comício antes das eleições em Atenas (Yannis Behrakis/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 14h10.

São Paulo - O impasse político na Grécia está aumentando os temores dos investidores em relação à situação da Europa e provocando uma forte aversão ao risco nos mercados nesta segunda-feira. As bolsas internacionais tinham fortes quedas e dólar se valorizava, chegando a subir mais de 1 por cento e encostando cada vez mais no patamar de 2 reais.

A reunião entre o presidente grego, Karolos Papoulias, e os líderes dos principais partidos do país, ocorrida no domingo, fracassou na tentativa de se formar uma coalizão. Papoulias convidou os políticos para um novo encontro nesta segunda-feira, mas o líder do partido radical de esquerda Syriza, disse que seu líder Alexis Tsipras, não vai comparecer.

Ao recusar o convite, está praticamente certa a convocação de uma nova eleição no país, na qual Tsipras pode sair como vencedor. A Comissão Europeia ainda informou nesta segunda-feira, que espera que a Grécia continue sendo parte da zona do euro, mas Atenas deve respeitar suas obrigações. Reforçando o tom negativo dos mercado, a produção industrial da zona do euro recuou inesperadamente em março, com queda de 0,3 por cento em março na comparação com fevereiro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,4 por cento no mês. Ainda há preocupações com o ritmo da economia da China, já que, para estimular o crescimento, o país decidiu no sábado que irá cortar a taxa de depósito compulsório dos bancos em 0,50 ponto percentual. Com isso, os principais índices europeus fecharam com o menor nível em quatro meses e meio nesta segunda-feira. A maior aversão ao risco também levou os investidores correram para o dólar, que passou a se valorizar.

Às 12h47 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,42 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro operava em baixa de 0,33 por cento. Ante o real, com o mercado seguia o exterior e também com especulações internas, levando a moeda norte-americana a registrar alta de mais de 1 por cento, tento chegado ao patamar de 1,99 real.

O dólar se aproximava do patamar de 2 reais, que não era atingido, no intradia, desde 13 de julho de 2009. No Brasil, a bolsa de valores tinha queda ainda maior, recuando mais de 2 por cento, também abalada pelo cenário internacional mais conturbado. A deterioração do humor externo ainda afetava os juros futuros, com que tinham fortes quedas, com operadores vendo um cenário favorável para mais quedas da taxa básica de juros, atualmente em 9 por cento.

O Relatório Focus mostrou, por exemplo, que o mercado agora espera que a Selic caia para 8 por cento este ano, ante previsão de 8,5 por cento na semana anterior. Ainda no cenário doméstico, será divulgada esta tarde a balança comercial.


Veja como estavam os principais mercados financeiros às 13h34 desta segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,9882 real, em alta de 1,64 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caía 2,17 por cento, para 58.153 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,8 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 2,81 por cento, a 27.951 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2014 estava em 8,390 por cento ao ano, ante 8,470 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,2845 dólar, ante 1,2915 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 131,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,088 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 5 pontos, para 206 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 11 pontos, a 356 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 0,59 por cento, a 12.745 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,65 por cento, a 1.344 pontos, e o Nasdaq perdia 0,58 por cento, aos 2.916 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 1,65 dólar, ou 1,76 por cento, a 94,43 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,7860 por cento, frente a 1,8410 por cento no fechamento anterior.

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São Paulo - O impasse político na Grécia está aumentando os temores dos investidores em relação à situação da Europa e provocando uma forte aversão ao risco nos mercados nesta segunda-feira. As bolsas internacionais tinham fortes quedas e dólar se valorizava, chegando a subir mais de 1 por cento e encostando cada vez mais no patamar de 2 reais.

A reunião entre o presidente grego, Karolos Papoulias, e os líderes dos principais partidos do país, ocorrida no domingo, fracassou na tentativa de se formar uma coalizão. Papoulias convidou os políticos para um novo encontro nesta segunda-feira, mas o líder do partido radical de esquerda Syriza, disse que seu líder Alexis Tsipras, não vai comparecer.

Ao recusar o convite, está praticamente certa a convocação de uma nova eleição no país, na qual Tsipras pode sair como vencedor. A Comissão Europeia ainda informou nesta segunda-feira, que espera que a Grécia continue sendo parte da zona do euro, mas Atenas deve respeitar suas obrigações. Reforçando o tom negativo dos mercado, a produção industrial da zona do euro recuou inesperadamente em março, com queda de 0,3 por cento em março na comparação com fevereiro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,4 por cento no mês. Ainda há preocupações com o ritmo da economia da China, já que, para estimular o crescimento, o país decidiu no sábado que irá cortar a taxa de depósito compulsório dos bancos em 0,50 ponto percentual. Com isso, os principais índices europeus fecharam com o menor nível em quatro meses e meio nesta segunda-feira. A maior aversão ao risco também levou os investidores correram para o dólar, que passou a se valorizar.

Às 12h47 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,42 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro operava em baixa de 0,33 por cento. Ante o real, com o mercado seguia o exterior e também com especulações internas, levando a moeda norte-americana a registrar alta de mais de 1 por cento, tento chegado ao patamar de 1,99 real.

O dólar se aproximava do patamar de 2 reais, que não era atingido, no intradia, desde 13 de julho de 2009. No Brasil, a bolsa de valores tinha queda ainda maior, recuando mais de 2 por cento, também abalada pelo cenário internacional mais conturbado. A deterioração do humor externo ainda afetava os juros futuros, com que tinham fortes quedas, com operadores vendo um cenário favorável para mais quedas da taxa básica de juros, atualmente em 9 por cento.

O Relatório Focus mostrou, por exemplo, que o mercado agora espera que a Selic caia para 8 por cento este ano, ante previsão de 8,5 por cento na semana anterior. Ainda no cenário doméstico, será divulgada esta tarde a balança comercial.


Veja como estavam os principais mercados financeiros às 13h34 desta segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,9882 real, em alta de 1,64 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caía 2,17 por cento, para 58.153 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,8 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 2,81 por cento, a 27.951 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2014 estava em 8,390 por cento ao ano, ante 8,470 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,2845 dólar, ante 1,2915 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 131,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,088 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 5 pontos, para 206 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 11 pontos, a 356 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 0,59 por cento, a 12.745 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,65 por cento, a 1.344 pontos, e o Nasdaq perdia 0,58 por cento, aos 2.916 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 1,65 dólar, ou 1,76 por cento, a 94,43 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,7860 por cento, frente a 1,8410 por cento no fechamento anterior.

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