Como risco negativo, o HSBC destaca o insucesso na conclusão da compra da Labs D´Or pelo Fleury
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2011 às 10h52.
São Paulo – Apesar do resultado da Fleury (FLRY3) no primeiro trimestre do ano não trazer surpresas, a equipe de análise do HSBC optou nesta segunda-feira por elevar o preço-alvo para as ações ordinárias da companhia. O banco incorporou na análise novas premissas econômicas, incluindo a projeção de impacto menor do câmbio, além da compra da Labs D´Or, que pode ser concluída em maio.
Em relatório assinado pelo analista Luciano Campos, o banco elevou o preço-alvo do laboratório de 24 reais para 27 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 7,56% frente à cotação de 25,10 vista no fechamento do pregão de hoje.
“Reiteramos nossa recomendação neutra, uma vez que o nosso preço-alvo implica um retorno potencial de 7,56%, situado dentro da faixa Neutral que varia de 1,5% a 21,5% para ações voláteis brasileiras”, explica o analista.
Luciano Campos explica que a mudança mais importante nas premissas macroeconômicas foi a de um dólar fraco, caindo para 1,58 real (ante 1,65 real) em 2011 e 1,54 real (contra 1,68 real) em 2012, respectivamente.
“Como usamos uma taxa de desconto baseada no dólar, as mudanças nas premissas de câmbio influenciam a avaliação. É importante observar que, usando a curva anterior do câmbio em nosso fluxo de caixa descontado, nosso preço-alvo teria sido de 25,4 reais por ação”, explica.
Integração
O HSBC prevê que o acordo para aquisição da Labs D´Or pode ser concluído no final de maio, quando a administração pode anunciar estimativas revisadas de sinergias. “A título de lembrete, precificamos sinergias de 136 milhões de reais para essa operação”, lembra o analista.
Tendo em vista que parte da expansão orgânica em unidades de atendimento deve ocorrer no fim de 2011, o HSBC ajustou para baixo suas projeções de receita para o Fleury (excluindo Labs D´Or). Confira abaixo as novas estimativas:
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Projeções | 2011 | 2012 | 2013 |
---|---|---|---|
Receita Líquida | R$ 986,3 mi | +3,2% | R$ 1,12 bi | -3,7% | R$ 1,32 bi | -4,7% |
Ebitda | R$ 214,6 mi | -3,4% | R$ 224,2 mi | -3,8% | R$ 276,2 mi | -4,9% |
Se considerada a Labs D´Or, o Ebitda de 2011 saltaria de 214,6 milhões de reais para 327,5 milhões de reais, em comparação ao consenso de 308,2 milhões de reais, prevê Campos.
Riscos
Entre os fatores positivos estimados para a companhia está a um melhor desempenho da margem Ebitda durante o período de rápida expansão de 2011-2012, além de sinergias acima do esperado da aquisição pendente da Labs D´Or e aquisições adicionais.
Já como risco negativo, o HSBC destaca o insucesso na conclusão da compra da Labs D´Or, desempenho inferior ao esperado da companhia adquirida no Rio de Janeiro, falha ou atraso na execução de projetos e um avanço mais lento que o estimado das novas unidades de atendimento.