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IGP-M traz viés de queda para juros futuros

Os investidores também estão atentos a novas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que continua em Nova York e a números referentes à política fiscal no país

Às 9h31, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,79%, de 7,81% no ajuste de terça-feira (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 10h17.

São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou na passagem de janeiro para fevereiro e ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro, o que trouxe viés de queda para os juros futuros nesta quarta-feira. Mas as taxas futuras oscilavam muito perto da estabilidade na abertura dos negócios, diante da forte aposta recente em uma elevação da Selic no curto prazo - a partir de abril.

Os investidores também estão atentos a novas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que continua em Nova York e a números referentes à política fiscal no País. E monitoraram ainda o exterior, que busca recuperação, em meio a incertezas com Itália.

O IGP-M desacelerou a alta a 0,29% no fechamento deste mês, na comparação com o avanço de 0,34% registrado no mês anterior, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"A queda de 1,31% do IPA agrícola puxou a desaceleração ante janeiro, embora o IPA industrial ainda se mostre pressionado (0,82%)", avaliou o economista da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto, no serviço online da empresa.

O gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, afirmou que a desaceleração do IGP-M não foi tão forte para provocar uma baixa acentuada das taxas futuras. "Não desacelerou tanto assim", disse. Além disso, o resultado do indicador da FGV pode ser compensado pela aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no critério ponta, calculado também pela FGV.

Fonte que teve acesso ao dado ressaltou que o IPCA ponta passou de 0,36% para 0,54% entre o dia 25 e terça-feira.


Petrassi, da Leme, chamou a atenção para o exterior, que na terça-feira influenciou os negócios. "Hoje, a influência é neutra e os juros futuros devem ficar de lado neste início de sessão", aposta. Persistem preocupações com a situação política e econômica da Itália e os mercados acionários internacionais exibem leves altas.

Na véspera, os juros futuros com vencimento no curto prazo subiram e os com vencimento no longo prazo, que haviam recuado até o fechamento para definição dos ajustes na BM&FBovespa, bateram máximas na sessão estendida.

O movimento ocorreu após declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o Banco Central tem "independência para elevar juros se necessário". Mais cedo, Mantega tinha reafirmado o discurso da autoridade monetária de que o controle dos níveis de preços é prioridade e que as autoridades econômicas estão vigilantes.

O ministro da Fazenda dá sequência nesta quarta-feira ao roadshow a investidores e empresários em Nova York sobre as oportunidades de investimentos no Brasil.

Também nesta quarta-feira, às 10h30, o Banco Central divulga a nota de política fiscal do Banco Central, ambas referentes ao mês de janeiro. Levantamento do AE Projeções aponta para um superávit primário consolidado de R$ 22,5 bilhões a R$ 36,3 bilhões (mediana de R$ 29 bilhões).

Às 9h31, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,79%, de 7,81% no ajuste de terça-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,43%, na mínima, de 8,45% no ajuste e o DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,12%, na mínima, de 9,14% no ajuste anterior.

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Os investidores também estão atentos a novas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que continua em Nova York e a números referentes à política fiscal no País. E monitoraram ainda o exterior, que busca recuperação, em meio a incertezas com Itália.

O IGP-M desacelerou a alta a 0,29% no fechamento deste mês, na comparação com o avanço de 0,34% registrado no mês anterior, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"A queda de 1,31% do IPA agrícola puxou a desaceleração ante janeiro, embora o IPA industrial ainda se mostre pressionado (0,82%)", avaliou o economista da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto, no serviço online da empresa.

O gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, afirmou que a desaceleração do IGP-M não foi tão forte para provocar uma baixa acentuada das taxas futuras. "Não desacelerou tanto assim", disse. Além disso, o resultado do indicador da FGV pode ser compensado pela aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no critério ponta, calculado também pela FGV.

Fonte que teve acesso ao dado ressaltou que o IPCA ponta passou de 0,36% para 0,54% entre o dia 25 e terça-feira.


Petrassi, da Leme, chamou a atenção para o exterior, que na terça-feira influenciou os negócios. "Hoje, a influência é neutra e os juros futuros devem ficar de lado neste início de sessão", aposta. Persistem preocupações com a situação política e econômica da Itália e os mercados acionários internacionais exibem leves altas.

Na véspera, os juros futuros com vencimento no curto prazo subiram e os com vencimento no longo prazo, que haviam recuado até o fechamento para definição dos ajustes na BM&FBovespa, bateram máximas na sessão estendida.

O movimento ocorreu após declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o Banco Central tem "independência para elevar juros se necessário". Mais cedo, Mantega tinha reafirmado o discurso da autoridade monetária de que o controle dos níveis de preços é prioridade e que as autoridades econômicas estão vigilantes.

O ministro da Fazenda dá sequência nesta quarta-feira ao roadshow a investidores e empresários em Nova York sobre as oportunidades de investimentos no Brasil.

Também nesta quarta-feira, às 10h30, o Banco Central divulga a nota de política fiscal do Banco Central, ambas referentes ao mês de janeiro. Levantamento do AE Projeções aponta para um superávit primário consolidado de R$ 22,5 bilhões a R$ 36,3 bilhões (mediana de R$ 29 bilhões).

Às 9h31, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,79%, de 7,81% no ajuste de terça-feira. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,43%, na mínima, de 8,45% no ajuste e o DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 9,12%, na mínima, de 9,14% no ajuste anterior.

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